Amor indecifrável.

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── O que isso quer dizer? É uma mensagem codificada? ── Taehyung questionou com uma voz rouca.

── Print, Scanner, Import... ── Hoseok leu algumas palavras que estavam no meio mensagem, mesmo agindo com certa lentidão, falando com uma voz arrastada e os olhos lacrimejando. ── É um código!

── Código? Linguagem de programação? ── franziu a sobrancelha enquanto encarava a tela do aparelho.

── Sim, eu reconheço esses nomes, ele escrevia o tempo todo quando estava programando. ── sussurrou com uma afeição confusa.

── E o que esse código quer dizer? Podemos usar?

── Tem que ser colocado em um IDE e executado de acordo com a linguagem.

── E qual é essa?

── Java.

── Podemos fazer isso no computador dele?

── Se for uma mensagem de despedida, eu não quero ver. ── negou com a cabeça ao encarar o piso da ambulância.

── Se ele mandou antes de fazer isso, eu acho que deve ser algo importante para o Yoongi, vale a pena conferir. ── sussurrou ao passar o polegar por cima da tela do celular, era como se o Taehyung ainda estivesse em negação e o Hoseok em um estado de luto profundo.

── Escute o que eu estou dizendo, se isso for uma mensagem de despedida, eu vou matar aquele desgraçado. ── comentou ao retirar a coberta do seu corpo lentamente.

── Como vocês estão? ── o detetive se aproximou de ambos.

── O que o senhor acha? ── o advogado murmurou ao erguer as sobrancelhas.

── Ok, eu entendo, mas eu preciso colher o depoimento de vocês, para fins de conclusão.

── Isso aconteceu há umas duas horas, você ainda não encontrou o corpo dele e vem aqui me pedir para prestar depoimento? Você e todos os policiais estavam aqui, o que a gente viu que vocês não viram? ── Hoseok franziu o cenho.

── Eu entendo a situação, mas por agora, se vocês confirmam tudo o que aconteceu e está escrito aqui, eu preciso que ao menos assinem o documento como testemunhas. ── aproximou o papel e o Taehyung fez uma breve leitura, logo assentindo na direção do Hoseok para que ele pudesse saber que estava tudo bem em assinar.

── Tá bem, apenas nos deixe descansar, podemos dá o nosso depoimento depois. ── respondeu enquanto assinava o papel com a caneta disponibilizada pelo detetive, apoiando em uma caderneta para que a letra ficasse elegível.

── Aqui. ── eles entregaram o documento para o policial e o homem chamou os paramédicos.

── Examinem eles, se estiverem em condições de serem liberados, vou chamar um policial para levá-los até a sua residência. ── assentiu na direção dos enfermeiros e para os garotos, logo saindo da presença dos mesmos, indo fiscalizar as buscas no riacho.

── Tudo bem, vamos checar. ── um dos paramédicos começou a examinar os batimentos cardíacos, a pressão e a saturação dos meninos, indicaram alguns calmantes para que eles comprassem e após ter a certeza de que nenhum índice estava elevado, liberou os dois rapazes. Eles saíram da ambulância e após olharem com certo pesar na direção daquela ponte, entraram na viatura, os policiais levaram ambos até a casa do Hoseok e os meninos entraram na mesma.

── Eu já estou cansado de tanta notificação. ── o loiro arremessou o celular no sofá.

── Eu também, mas eu estou inquieto com essa mensagem. ── apontou para o seu aparelho.

O Nosso Crime | TaeYoonSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora