capítulo 27

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DOMENIQUE

          

Domenique, investigadora em horas vagas entra em ação!

Tatiana acabara de sair para tomar banho, eu tinha acabado de tomar banho e me arrumado propositalmente quando não a acordei. Ela ficou furiosa? Ficou. Ela quis me matar? Ela quis sim. Ela me perdoou? Ela perdoou.

Agora eu usava luvas e enfiava os longos fios do cabelo da minha melhor amiga retirados do seu travesseiro e do cabelo dela mesma arrancados da raiz, enquanto dormia como um urso, dentro de um plástico para a coleta do exame de sangue que Dona Flora faria essa noite na clínica.

A mesma me pedira para a acompanhar na clínica, eu aceitei porque Tatiana tinha um encontro essa noite então não perceberia a minha ausência que seria estranha porque ela sabe que eu nunca troco meu horário noturno de leitura por nada. Bem, nada com exação dela, como sempre.

— Legal. — dou uma risadinha do mal me sentindo uma vilã, nada condizente com meu real papel de coletadora de amostra sanguínea para descobrimento de laços sanguíneos.

Dando alguns pulinhos de ansiedade e vitória me sento na cama, guardando as embalagens dentro da bolsa, apressada me livro das luvas as tacando na lixeira. Digito rapidamente notificando Dona Flora que havia obtido sucesso na missão coleta.

— Ahm, tudo bem? —

Tatiana me interroga, quando me percebe deitada na cama, lendo, quando restam apenas cinco minutos para o início das minhas aulas. Meu ânimo hoje era quase equivalente ao de ontem, baixo.

— Sim. —

— Tá. Desbafa. —

Fecho meu livro e enfio dentro da minha bolsa.

— Não sei do que está falando. Tô atrasada, mais tarde a gente se vê. —

Dou uma piscadela e corro para fora do quarto, corro de uma conversa sobre Joseph. Ele ruía meu humor. Minha mão doeu do tapa que deferi, teria sido menos doloroso para mim se fosse o saco dele contra o meu joelho, me encontrei nervosa demais para pensar com coerência naquele momento. Um tapa soou eficiente. Agora eu já não tinha mais certeza. Para começo de conversa eu não queria bater nele e me senti mal depois que o fiz.

A razão maior para acertar o rosto daquele babaca foram seus insultos e o jeito como me tratou, era óbvio que me insultei, como não me sentiria mal com alguém me menosprezando? As suas palavras me machucaram mais do que o tapa nele, mas, eu não podia exigir nada se o tratava pior. Apenas provei do próprio veneno e fora dolorido senti-lo na minha pele.

Checo a hora, muito atrasada. Apresso meu passo pelo corredor quando lembro que a minha sala da aula de hoje era distante do prédio dos dormitórios, e nessa correria causada por causa de Joseph trombo contra o peito de alguém, perco o equilíbrio mas o reflexo da pessoa é mais rápido e a sua mão agarra-me pela parte de trás da minha cintura próximo do meu quadril e me puxa forte para cima.

— A gente tem que parar de se encontrar desse jeito —

É Hector. Ele sorri com o rosto próximo do meu. Dou uma risada baixa em sintonia com a dele, segurando no seu braço que me ampara contra o seu corpo atlético.

— Eu concordo, um tanto perigoso... — rimos de novo.

Devagar me afasto assim que a mão dele desliza da minha cintura para minhas costas, deixando por fim meu corpo.

Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora