capítulo 62

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DOMENIQUE

      

Hoje foi um dia comum. Entediantemente comum.

Joseph não apareceu o dia inteiro durante todas as minhas aulas, para ser sincera eu não vi nem ele, nem Nathan, o dia inteiro. Fiquei intrigada porque eles eram as primeiras pessoas depois de Tatiana que eu trombava ao sair do prédio dos dormitórios. E fiquei um pouco decepcionada porque hoje eu esperava encontrar ele, estar com ele mesmo que só um pouco.

Alarmada passei a cogitar que algo teria acontecido para que os dois assíduos universitários sumissem sem dar vestígios. Talvez Joseph tivesse tido uma outra crise, mas, ele me procuraria como daquela vez, não?

Franzo cenho, e por que é que estou frustada com a ausência dele?

Eu deveria estar satisfeita com seu desaparecimento e soltar fogos de artifício pela paz que meu dia fora, exatamente como eram antes de eu conhecer o babaca de olhos verdes: calmo, cotidiano, e, entediante. Argh, era um pesadelo, me frustar com a rotina antiga e sentir falta daquele babaca? Eu enloqueci. Louca. Louca. Louca. Para de pensar nele.

Comemore Domenique, dance nas mesas e saltite feito uma gazela pelo campus desfrutando da solidão e de não ter que escutar Joseph a chamar cerejinha para cá cerrjinha para lá. Eu o odeio. A sua falta hoje é um presente divino que eu espero que seja repetito pelo restante do ano!!!

Mais que grande mentira, Domenique.

Eu não o odeio. Nunca odiei. Talvez no começo quando renegava os sentimentos e acreditava que ele era um cretinice. Agora as coisas não era assim e eu não iria mais continuar fingindo ou mentindo. Eu estava tentando, e claramente porque sentia alguma coisa por ele, e eu estava sentindo a sua falta e me preocupando com a sua ausência. Eu queria que ele estivesse aqui, me chamando de cerejinha pra cá cerejinha para lá, com aquele sorriso, apenas aqui. E hoje que eu estava louca para o rever, ele simplesemente desapareceu. Ele apareceria, ela tinha que aparecer, ele me prometeu, eu apenas estou insegura, ele não vai quebrar a promessa Domenique, não vai.

Minha mente começa a me torturar com possibilidades de coisas que ele estaria fazendo ou lugares ou pessoas com quem estaria, a vontade de aparecer na sua casa me sobe mas eu não podia ser maluca a este ponto. Não tínhamos nada. Por mais que eu quisesse aparecer lá, podia acabar piorando algo do qual eu não tinha conhecimento. Mas e se eu mandasse uma mensagem? Está sendo chata, Domenique. É apenas um dia, ele aparecia amanhã eu não tinha razão para me desesesperar, ou era o que eu me agarrava a acreditar.

 

Entro na quadra fechada, desanimada.

 
   
O clima natalino se espalhou pela universidade de um dia para o outro.
Alguns professores organizavam as decorações e haviam até alguns alunos que se voluntariaram para ajudar. Eu pensei em fazer o mesmo porque sabia que daria tempo de ajudar e ler mas Tatiana apareceu quando eu estava pegando a caneta para assinar meu nome na lista de voluntários para decorar a universidade, e ela arrancou a caneta da minha mão.

— Minha tia vai arrumar a lanchonete, não quer ajudar lá? — ela sorriu, os quadris apoiaram-se na mesa e ela girou a caneta me olhando ansiosa e cheias de expectativas de me arrancar do dormitório.

— Está bem. — dei de ombros.

Tatiana pulou em meus braços e largou a caneta na prancheta.

— Nathan não te perseguiu hoje? — perguntei tentando soar indiferente, olhando ao redor da quadra em busca de Joseph, não o encontrei em canto algum como em nenhum canto da universade cuja eu andei, subi e desci em sua procura feito uma idiota.

Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora