capítulo 29

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DOMENIQUE

               

Alguns dias se passaram. Duas semanas especificando. Duas semanas de dor de cabeça. Hoje, as coisas iriam fluir. Dona Flora recebera a resposta do exame de dna no dia seguinte após eu lhe entregar as mechas de cabelo e a coleta na clínica, e Tatiana é mesmo sua sobrinha.

Contudo, Dona Flora ficou tão emocionada e assutada que foi empurrando a notícia com medo de como Tatiana reagiria. Duas semanas passaram e ela permanecia me dizendo amanhã eu conto sempre que a interrogava e dizia conte para ela hoje.

Hoje eu a obrigaria a contar, porque, eu odiava mentir para Tatiana, principalmente porque quase deixei escapar durante algumas manhãs assim que acordei durante meu estádo de espírito bocudo, desde então a mesma anda desconfiada tentando arrancar esse tal segredo que disse que eu tinha e tentou me persudiar assim que eu despertava! E ela quase consegui em todas as tentativas, acho que uma força universal maior que me fez ter consciência do que estava fazendo e me impedia de falar.

— Por que estamos indo para a sala da dona Flora? —

Tatiana me pergunta. Empurro ela e abro a porta, entramos, assustando Dona Flora relendo o exame impresso pela trigésima vez só hoje eu suspus. Ela me encarou travada e eu suspirei.

— Tatiana, a Dona Flora fez um exame de dna, e descobriu que é a sua tia. Eba! Pronto falei tô leve, ufa! — pus a mão no peito e soltei todo meu ar. As duas pareceram perder a cor, não mais do que eu agora que não teria de me preocupar ao acordar e falar a primeira coisa que me vinhesse na mente. — Agora conversem, tchau! — acenei sorrindo e corri para fora da sala fechando a porta.

— O que você aprontou Nique do meu coração? —

Fernando interroga quando apareco no balcão. Ele se inclinou na minha direção e riu sinalizando para eu confessar em forma de um segredo apenas entre ele e eu, tentando me persuadir. Neguei com o dedo indicador, ele murchou fazendo beicinho e piscando os olhos.

— Logo você descobrirá —

Dei duas batidinhas no seu ombro e peguei minha bandeja rumo um cliente a acenar na minha direção. Era domingo, fim de semana, a lanchonete costumava encher.

Satisfatoriamente nem Joseph nem Nathan apareceram na lanchonete. Eles frequentaram aqui o decorrer das últimas duas semanas por umas três horas quase todos os dias, não demorava muito, Joseph apenas me fazia atende-los, debatiamos e depois eles iam embora. Rezei para que hoje eles fossem transar com algumas garotas ou se perderem em alguma festa, ou algumas, meu final de semana estaria perfeito sem o babaca me azucrinando.

— Hey, aquele não é o carinha que você comentou que te derrubou feito banana podre? —

Fernando aponta discretamente para a porta e sorri implicante com o comentário de gozação. Lancei minha atenção para onde indicou. Héctor entrava na lanchonete carregando consigo um livro novo. Ele me viu encarando-o do balcão e me cumprimentou com um movimento na cabeça, e seguiu para uma das mesas.

— Ele mesmo — murmurei sorrindo.

— Está esperando o quê? Atende ele, não seja boba, ele é um gostoso — me expulsou entre risos. Eu nem esperei, fui empolgada na direção da mesa que ele escolhera.

Héctor sorria, eu parei frente sua mesa.

— Advinha, segui seu conselho —

Exibiu o livro. Caixa de pássaros. Era recomendação minha depois dele terminar a saga inteira da rainha vermelha mais os contos, falamos sobre durante vários dias e eu sugeri que lesse um dos livros do Peter para sair da ressaca. Eu adorava Caixa de Pássaros, Malorie e Piano Vermelho. Entretanto não curti muito A casa no fundo do lago. Recomendei da mesma forma para que pudesse reclamar sobre o final e criar teorias com alguém além da minha própria mente foi capaz de alcançar.

Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora