capítulo 56

118K 9.9K 8.2K
                                    


DOMENIQUE

     

Joseph era uma estátua no mesmo lugar. Parecia um rei sentado no trono esperando os súditos se curvarem perante todo o seu poder. Revirei a casa inteira a sua procura, a de Tatiana e Nathan, e fui encontrar esse babaca sentado no mesmo lugar, porém, tinha uma pessoa que não estava ali antes. Tinha uma garota sentada do seu lado esquerdo, as pernas encostando no joelho dele, os dois conversando, ela sorrindo e se inclinando na direção dele e ele disposto a continuar conversando com ela.

Recosto no canto, e observo. Tentando não sentir nada com aquela cena, mas, um nó se forma na minha garganta, meu estômago se embrulha, dessa vez mais forte, mas me mantenho de pé, apesar da sensação me socar causando sentimentos nada bons. Apenas recebo, afinal, eu não podia reclamar de nada. Eu sou solteira, ele é solteiro. Independente dos sentimentos que sentimos, nada impede ele de se querer se divertir como uma garota e nem eu de me divertir com um garoto. Mas eu não podia dizer que não sentia nada vendo ele ali com uma garota que daria tudo para estar a sós com ele, para ser dele.

Ciúmes dominando cada cédula do meu corpo. Estava prestes a me virar e ir embora quando girei e trombei com tudo com um rapaz, eu recuei segurando na mureta da janela.

— Desculpe — ele disse. Eu concordei, sinalizando que não era nada, e recuei mais para que eu pudesse passar.

Nesse gesto tornei a olhar para Joseph e a garota.

Ele me percebeu o assasinando do outro lado na mesma hora que apareci nos fundos e sorriu maldoso arqueando uma sobrancelha, parei de tentar ler seus pensamentos no momento que quase formulei dentro da minha cabeça.

Abaixei meus olhos para a mão da garota no seu joelho. Ele se inclinou um pouco mais ao encontro dela, desviando nosso olhar desinteressado em mante-lo. A garota reagiu é obvio, tocou no seu peito onde os botões estavam abertos, e ele afastou o cabelo dela do rosto pondo para detrás da orelha depois de enrolar uma mecha loira, me olhou ao fazer aquilo como quem dizia vem aqui me impedir, cerejinha. Mas eu não fiz. Eu fiquei parada, apenas observando.

Ele desceu os dedos pelo rosto dela, o pescoço e o ombro, as esmeraldas atentas no caminho que os seus dedos percorriam, ela segurou ele pelo rosto e juntou sua boca na nele. E ele retribuiu, olhos fechados, a mão em torno da cintura da garota. E eu continuei observando, mas, quando eles se separaram eu já não estava mais ali. Estava dentro da cozinha, recostada na mármore de costas para a porta. Tinha uma garrafa de bebida cheia ali, e eu não pensei antes de apanhar ela e entornar na minha boca bebendo metade dela em um longo gole, tossi algumas vezes quando afastei da boca e empurrei a garrafa para longe, molhando os lábios.

Escutei a porta se abrindo.

— Olá, cerejinha. —

A voz de Joseph soou da porta.

— Você parecia brava quando saiu de lá, aconteceu alguma coisa? — seu tom é arrogante e mais falso quanto a possível preocupação.

— Não gostou de me ver fazendo o mesmo que você? — ele continua, solta uma risada. — Não gostou de ser o alvo, dessa vez? —

— Você é solteiro. Por que eu me incomodaria? Eu nunca fiz de você um alvo, eu apenas fiz o que pessoas solteiras fazem qual a porra do problema em entender isso? — consigo falar, mas minha voz deixa explícito minha fúria, todo o meu ciúme.

— Porque cada parte sua me quer. Mas você não entrega a porra desse jogo sujo e continua brincando comigo. — as suas mãos de repente estão em ambos lados da minha cintura, seu peito se colando as minhas costas. Ele aproxima os lábios da minha orelha. — E eu estou ficando cansado de correr atrás de você. — esbravejou possesso.

Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora