O homem de duas caras

304 19 3
                                    

- O senhor!? - falo chocada

- Eu - respondeu calmamente - Estive me perguntando se encontraria Potter aqui, mas você foi uma surpresa

- Mas... Pensamos... Snape..

- Severo? - Quirrell deu uma gargalhada e não era aquela gargalhadinha tremida de sempre, era fria e cortante - É, o seu diretor faz o tipo, não faz? Tão útil tê-lo esvoaçando por aí como um morcegão. Perto dele, quem suspeitaria do c-c-coitado do ga-gaguinho do P-Prof Quirrell?

- Mas Snape tentou derrubar Harry da vassoura!

- Não, não, não, foi eu. Hermione Granger por acaso me empurrou quando estava correndo pra tocar fogo no Snape naquela partida de quadribol. Ela interrompeu o meu contato visual com ele. Mais uns segundos e eu teria o derrubado daquela vassoura. Teria conseguido isso antes se Snape não ficasse murmurando um antifeitiço tentando salva-lo.

- Snape estava tentando salvar Harry? - perguntei com um sorriso no rosto

- É claro, porque você acha que ele queria apitar o próximo jogo? Ele nem precisava se dar ao trabalho já que eu não poderia fazer nada com Dumbledore assistindo. Todos os professores acharam que Snape estava tentando impedir Grifinoria de ganhar. Ele conseguiu realmente se tornar impopular. Bom, eu realmente achei que iria encontrar Potter aqui, mas assim como Snape você estragou meus planos, agora Snape vai perder sua aluna favorita.

Quirrell estalou os dedos, surgiram cordas no ar que me amarraram.

- Eu pensei que você poderia ficar ao meu lado, Avery, você é muito imprudente pra continuar viva. Tinha que estar nas masmorras com a Granger? E pelo que imaginei, me viu descobrir o que é que estava guardando a pedra.

- O senhor deixou o trasgo entrar?

- Claro, tenho um talento especial para lidar com trasgos. Você deve ter visto o que fiz com aquele na Câmara lá atrás. Snape já desconfiava de mim, foi direto ao terceiro andar para me afastar, e não só o meu trasgo não conseguiu matar vocês de pancada como o cachorro de três cabeças nem sequer conseguiu morder a perna de Snape direito. Agora, fica quieta. Preciso examinar este espelho curioso.

Aquilo era um espelho de ojesed, Harry havia me contado sobre ele depois do Natal.

- Este espelho é a chave para encontrar a pedra - murmurou, batendo de leve na moldura - pode-se confiar em Dumbledore para inventar uma coisa dessas... Mas ele está em Londres, estarei bem longe quando ele voltar

- Vi o senhor e Snape na floresta - digo para impedi-lo de se concentrar no espelho

- Sei, naquela altura ele já percebera minhas intenções, e tentava descobrir até onde eu tinha ido. Suspeitou de mim o tempo todo, tentou me assustar, como se fosse possivel, quando tenho Lorde Voldemort do meu lado... - diz indiferente dando a volta no espelho

- Mas parecia que Snape odiava Harry

- Ah, e odeia mesmo. Ele estudou em Hogwarts com o pai de Harry, você sabia? Com o seu pai também... Mas James e Severo se detestavam. Porém ele nunca quis ver o filho de James morto. Sabe.... Snape ficaria decepcionado com o seu ato de bravura, morrer por um amigo não é bem coisa de sonserina.

- Eu não morreria por nenhum amigo mas eu mataria por eles.

- Ah, ai está.. você é sonserina sim..

- Olha, eu não entendo... Ouvimos o senhor soluçando, há dias. Pensei que Snape estava ameaçando o senhor...

Pela primeira vez um espasmo de medo passou pelo rosto de Quirrell

A Prometida - HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora