O bicho papão no armário

182 13 1
                                    

Os dias não tiveram nada de interessante, Draco só voltou a ir nas aulas na manhã de quinta-feira, quando nossa casa estava com a Grifinoria na aula dupla de Poções. Na verdade ele apareceu na metade da aula...

- Como vai o braço, Draco? - perguntou Pansy com um sorrisinho. - Está doendo muito?

- Está - respondeu

- Vá com calma, vá com calma - disse o Prof. Snape

Estavamos preparando uma poção nova naquele dia, uma Solução Redutora. Draco armou seu caldeirão bem ao lado do de Harry e Ron, na mesma mesa estava eu e Hanna.

- Professor - chamou Draco - vou precisar de ajuda para cortar as raízes de margarida, porque o meu braço...

- Weasley, corte as raízes para Malfoy - disse Snape sem erguer a cabeça.

Ron ficou vermelho como um tomate, na hora saquei o que Draco queria fazer

- O seu braço não tem nenhum problema - sibilou Ron pra Draco que deu um sorriso satisfeito.

- Weasley, você ouviu o que o professor disse, corte as raízes.

Ron apanhou a faca, puxou as raízes de Draco para perto e começou a cortá-las de qualquer jeito, de modo que os pedaços ficaram de tamanhos diferentes.

- Professor, Weasley está mutilando as minhas raízes. - falou Draco, Hanna segurava a risada observando tudo

Snape aproximou-se da mesa, olhou para as raízes por cima do nariz curvo e em seguida deu a Ron um sorriso desagradável, por baixo da cabeleira longa e oleosa.

- Troque de raízes com Malfoy, Weasley.

- Mas, professor...! - Ron passou uns 15 minutos picando cuidadosamente suas raízes em pedacinhos exatamente iguais.

- Agora - mandou Snape com o seu tom de voz mais perigoso.

Ron empurrou as raízes caprichosamente cortadas para o lado de Draco na mesa, e, em seguida, apanhou novamente a faca.

- E, professor, vou precisar descascar este pinhão - disse Draco, a voz expressando riso e malícia.

- Potter, pode descascar o pinhão de Malfoy - disse Snape, lançando a Harry o olhar de desprezo que sempre reservava só para o garoto.

- A S/n não pode fazer isso?

- Eu disse Potter não Avery.

Então Harry apanhou o pinhão enquanto Ron começava a tentar consertar o estrago que fez às raízes que ia ter que usar. Harry descascou o pinhão o mais depressa que pôde e atirou-o para o lado de Draco, sem falar. O loiro riu com mais satisfação que nunca.

- Tem visto o seu amigo Hagrid, ultimamente? - perguntou Draco baixinho.

- Não é da sua conta - retrucou Ron, sem erguer a cabeça.

- Acho que ele não vai continuar professor por muito tempo - disse Draco num tom de fingida tristeza. - Meu pai não ficou nada satisfeito com o meu ferimento...

- Continue falando, Draco, e vou lhe fazer um ferimento de verdade - rosnou Ron.

- Ele apresentou queixa aos conselheiros da escola. E ao Ministério da Magia. Meu pai tem muita influência, sabe. E um ferimento permanente como este - ele fingiu um longo suspiro - quem sabe se o meu braço vai voltar um dia a ser o mesmo?

- Então é por isso que você está fazendo toda essa encenação - comentou Harry, decapitando uma lagarta morta, sua mão tremia de raiva. - Para tentar fazer Hagrid ser despedido.

A Prometida - HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora