𝐾𝑖𝑙𝑙 𝑚𝑒, 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑚𝑒 - 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛

14°番目

Narrador

ストーリーテラー

Depois de vários quilômetros percorridos em uma velocidade absurda, Akami finalmente tinha chegado em sua casa e ao vê-la completamente vazia ela não teve outra reação a não se encostar na parede ao lado da sua imensa porta e escorregar até o chão deixando todas as suas dores lhe acertarem de vez.

Não havia forças em seu corpo, não tinha como ter, ela estava devastada. Se sentia enganada, traída, iludida, suja, e o pior de tudo era que ela sentia dentro de si. Algo que nunca mais surgiu em seu corpo; o medo. O medo assombrou a cabeça de Akami por todos os segundos em que ela passou ali sentada até que a mesma ouviu batidas em sua porta.

- Docinho?

Era a voz dele. Era o homem que tinha tocado seu coração e trazido o amor de volta para a vida da morena de cabelos longos, mas mesmo querendo abrir aquela porta, suas forças não estavam facilitando as coisas.

- Akami, você está aí?

- Estou... - sussurrou - Eu tô aqui.

- Pode abrir para mim, por favor?

- Eu não consigo...não consigo sair daqui.

O homem que estava do lado de fora daquele apartamento franziu as sobrancelhas e uma pontada de preocupação acertou seu peito.

- Aconteceu...alguma coisa? - perguntou com uma preocupação evidente.

- Aconteceu... - Se encolheu ainda mais em seu canto.

O rosado respirou fundo e pôs suas coisas no chão pegando algo em seu bolso.

Akami escutou alguma coisa cutucando sua fechadura e então levantou seu rosto que estava abaixado e encostado em seu joelho.

Em poucos segundos a porta que estava trancada foi aberta revelando dois pares de olhos vermelhos e um sorriso meigo.

- Oi... - O rosado se pronunciou de maneira calma, fazendo a mulher sorrir de lado.

- Oi, gatinho. - Disse baixinho.

- Quer conversar? - ela negou - Quer carinho,então? - concordou - Então eu posso entrar,não é?

- Pode, por que não?

- Tô com medo de entrar em uma residência assim, ainda mais de uma policial.

De tanto tentar ele conseguiu tirar uma risada longa da morena.

- A policial dá a permissão. - Depois da sua fala o maior solta um riso divertido e pega suas coisas do chão entrando naquele apartamento escuro.

Ele põe as caixas de pizza em cima de um móvel, mas deixa um buquê com quatro rosas brancas em sua mão, ao se sentar de frente para a Akami.

- Posso abraçar você? - perguntou, depois de um longo tempo encarando o rostinho tristonho.

- Pode.. - ele desliza até onde ela está,coloca suas penas ao redor do corpo da mesma e puxando ela para um abraço fazendo-a deitar em seu peito.

A espiã não chorava,mas aquele silêncio era mais doloroso do que qualquer lágrima caída. Itadori sabia disso; sabia o quanto sua querida Akami estava necessitada de carinho e atenção, e era o que ele iria dar a ela naquela noite.

- Eu trouxe flores para você. - Disse, depois que beijou os cabelos negros e sedosos - Comida também - os dois sorriram - E alguns docinhos.

- Docinhos? - a morena perguntou com a voz suave - Isso não é justo, o único docinho aqui sou eu.