Akami.
Abro meus olhos lentamente, procurando saber onde exatamente eu estava antes de fazer algum movimento que mostre que eu acordei.
Estava em um quarto fechado. Frio, mas era claro e tinha alguém sentado no final da cama com a mão servindo de apoio para a cabeça.. Relaxei ao ver os cabelos rosados do Sukuna e então me sentei na cama, chamando sua atenção.
— Oi, Docinho. — ele me olha com ternura, mas também cheio de preocupação. — Como você está?
— Minha cabeça tá doendo muito… — Massageie as têmporas — Onde estamos?
— No esconderijo. Eu trouxe você para cá depois daquilo tudo.
— Daquilo tudo o que? — Perguntei, e o mesmo me pareceu confuso — O que foi?
— Você… você não lembra do que aconteceu?
Fiquei em silêncio por alguns segundos, tentando me lembrar de algo.
— Meu Deus! Você tomou um tiro —Me aproximei dele rapidamente — C-Como você está?
— Não,minha linda. — segurou em minhas mãos — Não foi isso.
Ele encarava seriamente meus olhos, como se estivesse a procura de algo.
— Você ficou em choque depois que eu recebi o tiro e… — Engoliu em seco — Matou o agente com a maior frieza que eu já vi. Mas, depois disso você…
— Eu o que, amor?..... — esperei —Fala!
— Você me atacou, Akami.
Imediatamente meu corpo paralisou.
Não estava acreditando no que acabara de ouvir. Isso não era sequer possível, eu não atacaria o Sukuna assim.
Mantive essa ideia na minha cabeça até analisar o corpo do homem que eu tanto adorava.
Marcas e machucados estavam totalmente evidentes para todos verem, e algumas eu consegui reconhecer, pois eram golpes que só foram ensinados a mim.
— Eu… eu não me lembro. — olhei para ele.
— Eu sei. Eu sei que não era você, ali. — acariciou meu rosto e olhou bem no fundo dos meus olhos, sorrindo logo em seguida —Porem, eu não posso deixar isso acontecer de novo. Senão…
Sinto uma certa angústia vindo dele e isso me aflige ainda mais.
— Senão o que?...
Vi seu rosto avermelhar, e algumas lágrimas chegarem aos seus olhos.
— Senão, eu terei que machucar você, Akami.
Uma dor enorme chegou em meu coração, não pela notícia, mas sim pela expressão de sofrimento que ele fez.
— Eu não quero fazer isso,mas se aquilo acontecer de novo, eu não tenho opção.
— Não vai acontecer. — digo confiante — Aquilo nunca aconteceu antes, acho que foi o choque, ou talvez…
— Aquilo já aconteceu antes, Kami. — Me assustei ao ouvir a voz da Akito naquele quarto.
Não tinha notado ela ali.
— Você já teve esse surto mais de uma vez….. — Olho em sua direção e vejo a mesma sentada de pernas cruzadas— Por quê acha que não deixavam nós duas fazermos missões juntas?
Arregalo meus olhos..
— A primeira vez, você tinha 12 anos. Em uma missão na Irlanda. Depois de notarem o que estava acontecendo, os surtos diminuíram bastante.
— O que estava acontecendo?— Perguntei
— Eu estava me machucando… — ela abriu um sorriso ladino — Já vi você partir homens no meio, só por terem acertado um golpe em mim, e… foi tenso quando você estava vindo para fazer o mesmo comigo.
— Quem me parava?
— Eu. — ela responde — Apagava você com os bastões de choque, mas teve um dia em que… — Ela começa a tirar a blusa. — Eu demorei demais..
Uma amargura sem tamanho cresceu dentro de mim ao perceber o que ela estava querendo me mostrar. Uma cicatriz enorme próxima ao abdômen, que provavelmente eu que a causei. Era isso que eu tinha feito à minha própria irmã, a pessoa mais importante da minha vida.
— Eu queria ter te falado antes,mas me proibiram; e como nunca mais tinha acontecido eu acabei esquecendo. — Akito prossegue.
— Eu machuquei você….. machuquei vocês dois.
— Docinho, não se culpe assim, por favor.— o Sukuna me puxa para mais perto de seu corpo — Olhe para mim, isso nunca mais vai acontecer.
— Não vamos deixar você ficar desse jeito de novo. — Minha irmã se aproxima — Vamos cuidar de você do mesmo jeito que você cuida da gente…
— Me desculpa… Eu.. eu não queria.
— Tudo bem, Kami. Tá tudo bem. — Acariciou meu rosto — Sabemos disso.
Segurava meu choro o máximo que conseguia até que aquele nó sumisse da minha garganta. Fiquei recebendo os carinhos da Akito e do Sukuna por uns segundos, até que acabei caindo no sono de novo.
Nunca tive bons sonhos enquanto dormia, por isso que quando eu não sonhava com nada, era a minha noite perfeita.. e aquela com certeza foi..Mas assim que eu acordei, tive uma grande surpresa.
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Eu com certeza irei me arrepender disso. Não pense que não foi algo bem calculado, ou alguma dúvida do que você é capaz. Sei que a mulher que eu escolhi para ser minha, é a mais incrível que já pisou nesse mundo, por isso que eu daria minha vida para protegê-la; e é isso que eu estou fazendo.
Passei a noite inteira conversando com a Akito e cheguei a conclusão que é melhor para todos se você não participasse da operação.
Por favor meu amor, não me odeie. Não tive escolha. Escolhi ouvir meu coração pela primeira vez em minha vida, então espero que você não fique chateada por eu escolher proteger você..Te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo. Espere-me. Eu voltarei para casa.
Sukuna..
______________________Li e reli aquela carta umas trezentas vezes. Tentei sair do quarto,mas…nada..estava trancada.
Presa. Encasulada. Deixada para trás….De novo.
Só que dessa vez eu não era mais uma garotinha de 9/10 anos que obedecia tudo o que diziam sem pestanejar.
Eu faço o que EU achar melhor. Não irei me sentar e fingir que nada está acontecendo. Ah...não mesmo..
— Desculpa meu amor, mas eu também quero proteger você.
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.O capítulo foi pequeno,mas os próximos eu garanto que serão bem maiores. Estou deixando o melhor para o final, então pode demorar só um pouquinho... 🤗 Pouquinho mesmo, prometo.
Adoro vocês meu amores ❤️❤️
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𝐾𝑖𝑙𝑙 𝑚𝑒, 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑚𝑒 - 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛
Fanfic頹衙浳浤搰煤洳橱橱 Akami é a melhor espiã da sua agência, excepcional em cada missão e nunca deixa um bandido sobreviver depois que passa por suas mãos. Mas, um certo bandido anda assombrando Tokyo e deixando todos de cabelos em pé. Ryomen Sukuna é o maior d...