12°番目

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Fitei seu rosto por alguns instantes e via o seu pomo de adão subir e descer algumas vezes, demonstrando o quão apreensivo ele ficou com aquela situação.

— O Pai me pediu para dar uma olhada no caso — tomou os papéis da minha mão — Eu devo ter colocado os relatórios entre os papéis do departamento. — andou até a sua cadeira novamente e se sentou — Acha mesmo que eu iria assinar alguma coisa para terroristas, Akami.

Analiso cada detalhe, e sinal que ele está demonstrando. Mantendo meu olhar afiado como uma águia para qualquer vacilo. Só que, é do Toji que estamos falando, ele nunca daria um deslize sequer, pois se eu sei não demonstrar meus sentimentos, esse cara não tem sentimento nenhum..

— Não, não acho — me levanto — Por isso mesmo eu perguntei, achei muito estranho.

— É isso que excesso de trabalho faz com as pessoas — organizou outros papéis com as mãos super ágeis, que mal deu para notar mais alguma coisa.

— É, eu sei bem o que é isso. — coço minha nuca e olho ao redor daquela. — Por falar nisso, você tem visto a Mai? Ela anda muito sumida ultimamente.

— Ela tem trabalhado muito em um caso sobre sequestros de bebês recém nascidos. Parece que é um serial killer, o responsável. — sorrio de lado — Um serial killer?! Nossa que caso macabro, é bem a cada da Akito..

Vejo um leve desconforto e uma contração no músculo do pescoço, do supervisor número 2..

— Por falar nela, já colocaram a minha irmã como desaparecida, ou morta…?!— Começo a olhar em sua direção, vendo que ele ainda estava assinando papéis.

— Sabe que eu não posso dizer isso a você..

— Ah é! Por causa do Yoshinobu.. — rio — Aquele velho desgraçado.. — olho para o relógio e vejo que já se passou muito tempo, e o que eu queria já deveria estar pronto.

— Bom!... eu já vou indo — Me viro para a saída e ando em passos lentos olhando para todos os meus lados — Cuidado para não se confundir de novo hein.

— Não vou, não se preocupe — sorrio minimamente.

— É, eu sei que não vai. — abro a porta — Mas mesmo assim…. cuidado com os papéis, Toji. — olho para o mesmo, por cima do ombro e saio dali, o deixando sozinho.

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Chego no restaurante,com roupas normais do dia a dia, sem o terno para não chamar muita atenção já que a queridinha vai estar na mesa também e como qualquer outra pessoa que entra na nossa vida, ela também não sabe com que trabalhamos ou onde trabalhamos. Para ela, a Maki é uma arquiteta de redes, o que é bem parecido com o que ela faz lá na D.Y.T;então não é tão difícil para ela esconder sua vida inteira.

Já algumas de nós não temos tanta sorte assim..

— Eai… — me aproximo das duas na mesa e recebo o sorriso alegre da ruiva e o olhar de tanto faz da Maki.

— Que bom que veio almoçar com a gente, Lin— sorrio, quando escuto um dos meus nomes falsos que eu havia esquecido. — Estava com saudade de você..

— Obrigada. E não imagina o tanto que eu pedi por esse reencontro,mas sua namorada é muito ocupada, não é? — pisco para a esverdeada que me lançou um olhar de ódio.

— Mas, sai, como anda as coisas na sua faculdade? Está no último ano do curso, não é? — chamo o garçom com um gesto de dedos, ainda olhando para ela.

— Ah, está tudo ótimo, não imagina o quão feliz eu estou por finalmente tá terminando, é uma loucura pensar que depois de tantos anos….

Ela continua a falar, falar e falar durante todo o almoço. Esse é um dos motivos em que quando sairmos eu e a Maki para uma conversa séria, chamamos a Nobara, pois qualquer um que esteja de fora só está vendo três amigas, conversando coisas fúteis e bebendo saquê como pessoas normais..
Só que por debaixo da mesa, nossos assuntos são bem diferentes.

𝐾𝑖𝑙𝑙 𝑚𝑒, 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑚𝑒 - 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora