31°と

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Tempos depois

Akami.

— Hum… Qual a minha cor favorita além de preto? — Pergunto e observo o mais velho rindo com graça da minha pergunta.

— Nenhuma. Você ama preto e somente preto. — Reviro os olhos e marco como certo na pergunta.

— Falando desse jeito parece que eu sou emo. — sorrio.

— Você é uma emo muito linda, por sinal. — Ele se inclina na cama e me beija com ternura. — Quantas eu acertei?

— Vinte.. — Vejo que ele ficou satisfeito— E eu?

— Cinco…

Fecho minha expressão, chegando a fazer um biquinho como charme, e ao ver isso, Ryomen sobe em cima do meu corpo e tenta me alegrar.

— Não! Não meu docinho. Não faça este biquinho, por favor. 

— Faço sim! Você me conhece demais, e eu não conheço nada sobre você.

— Você sabe que eu gosto de motos. — Ele diz

— Óbvio né. Você só tem motos.

— Eu tenho carros também, e mesmo assim você acertou. — Viro meu rosto para o lado.
— Não, não… — ele me beija — Não fique emburradinha, eu não aguento ver você assim.

— Então me diga mais sobre você. — Meu tom soou mais sério do que eu esperava. — Deixe que eu te conheça melhor.

Seus olhos vermelhos estavam me deixando completamente hipnotizada com tanta intensidade e brilho,mas só havia aquilo. Nenhuma abertura a mais que eu pudesse penetrar.

Eu e o Sukuna não nos desgrudamos desde aquele dia no jardim, e mesmo passando a maior parte do tempo ao seu lado, sinto um aperto enorme no meu peito quando ele está longe. Parece que algo em mim está ligado a ele de uma forma tão forte que faz com que nossos corpos não queiram se desgrudar jamais.

Porém, mesmo passando a maior parte do tempo com ele; seja brincando, nos acariciando ou transando, eu sinto que não o conheço de verdade. Ainda não. E ver que ele sabe até dos meus detalhes íntimos me deixa meio..….

Não é por falta de perguntas, nem de interesse da minha parte. Mas sim falta de diálogo da parte dele. A maioria das vezes sou eu que falo; falo sobre mim, sobre como minha irmã é tudo que eu preciso na vida, como comecei a gostar de pizza porque havia uma época que eu só me alimentava disso; e várias outras coisas…

Sei que não é certo me abrir inteirinha para alguém. Nunca fiz algo assim. De verdade, pergunta pra Akito qual é a marca do meu perfume?! Ela não vai saber. Mas o Sukuna sabe, pois tem uma vontade de saber tudo sobre mim só para estar preparado para tudo.

Não o julgo, isso é coisa de agente. E essa é a maneira que ele usa para se preparar para situações difíceis. Como estamos tendo agora.

— Você acha que eu não me abro com você, meu docinho?

— Achar não. Tenho certeza. — me levanto,ficando de frente para ele.

— Eu sei que você é bem reservado,meu amor. — falo e procuro uma blusa dele para cobrir meu corpo. — Mas eu quero saber sobre você, temos um bom tempo juntos, eu pelo menos poderia saber qual seu prato favorito, por exemplo.

— Eu só conheci o personagem que você criou, não conheci o Sukuna de verdade. E…parece que você não quer que eu o conheça.

Não obtenho nenhuma resposta, apenas seu olhar inquieto que insiste em permanecer grudado nos meus.

𝐾𝑖𝑙𝑙 𝑚𝑒, 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑚𝑒 - 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora