41検疫

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Isso é tão divertido e trágico ao mesmo tempo, que minha mente está bagunçada. As sequência de golpes que estou reproduzindo não estão mais aqui no meu consciente e sim na minha alma, esses simples golpes mortais que sei desde os meus dez anos, não são o fator que está me atormentando, e sim o motivo de as pessoas que eu estou matando quererem me matar por conta própria. E claro, o fato da minha amiga estar viva.

Se ela está viva, o Sukuna não fez nada que eu… eu posso sentir aquele amor transbordar pelo meu corpo novamente? Sim, o fato dele ter deixado ela lá sem ao menos se questionar se ela era ela mesmo ainda me dói, porém podemos conversar,e tudo pode se resolver.

Sorrio com meus pensamentos enquanto estou entre quatro homens armados, que quando atiram em mim, eu faço apenas alguns movimentos e (bum!) estão sem elas e com quatro tiros, eu dou um fim aquela briga de criança, e vou para a próxima.

Eu tenho que saber como pegaram a Maki, e como colocaram aquela outra pessoa na nossa nave. Preciso descobrir, mas depois que eu ver o Sukuna e dizer…

— Você vai perder. — volto ao normal quando ouço a voz do homem que eu estava esmurrando. — Vai perder.

Aqueles olhos entraram tão fundo em mim, que senti meu corpo esfriar, mas logo despertei, e dei um fim.

Ele caiu morto no chão. O caos e atrás de mim continuava, só que, eu não parava de olhar para aqueles olhos.

Que merda acabou de acontecer?

— AKAMI? — ouço a voz do Toji. — Vamos!

Olho ao meu redor e há morte por todos os cantos. O vermelho escarlate do sangue tomou conta das paredes cinzas, e das minhas vestes também. Nunca matei tanto em um dia só. E,pela primeira vez, eu me sinto suja.

Seguir o caminho que o Toji me mostrava e à medida que andávamos, mais agentes chegavam..

— Ele quer nos cansar. — Gojo ponderou.

— Não. Ele quer cansar a Akami. — olhou para mim. — Vá na frente,vamos alcançar você.

Os dois me olharam com um sorrisinho nos lábios. Eles estavam tranquilos com aquilo,mas eu…Não.

Não quero perder mais ninguém.

— Não posso fazer isso.

— Não se preocupe. — Toji colocou a mão em minha cabeça — Eu sou o mais forte.

Meus olhos transbordam de admiração,porém em meu peito ainda estava com uma tremenda incerteza.

— Vá verificar se o Suguru e a Akito estão bem, Kami. — o platinado me orientou. — Vamos ficar bem.

Olho para os dois de novo, e aceno com a cabeça. Em segundos eu estou atravessando aquele mar de pessoas, com toda minha garra para chegar ao outro lado, o lado onde minha irmã e o meu amor estavam, e o filho da puta que arruinou minha vida.

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Akito.

— Como a Akami soube disso? — pergunto para o Geto, enquanto corremos pelos corredores, na tentativa de ficar o mais longe possível das bombas que implantamos.

— Eu não sei. Sua irmã é cheia de surpresas.  — ele sorri.

Em seguida o estrondo faz com que não só as paredes como o teto e o chão trema por completo.

— Temos que ir rápido com isso. — concordo,e então seguimos em frente.

Nesse momento,a adrenalina que está no meu corpo faz com que qualquer dor se disfarça, mas mesmo assim minhas pernas fraquejam um pouco quando lembro… Não! Agora não, seja forte Akito. Seja forte para proteger sua irmã.

Sigo em frente ao lado de Suguru, que estava sorridente.

— O que foi? — pergunto

— O sukuna acabou de falar que o Toji já está no prédio.

— Já?! — digo surpresa.

— O sukuna já tinha o libertado. Aquele controle não fazia nada, além de mostrar a localização da Akami para o Toji.

— Mas… por quê?

— Por que se ela ficasse em perigo ele não poderia ir, já que aquilo aconteceu. E quem melhor para proteger a Akami do que o Toji? — ele ri e seus olhos brilham ao falar do mais velho.

Eu nunca tive muita afinidade com o Toji, nunca treinei com ele, ou qualquer outra coisa, mas sabia que ele era incrível, sabia só pela forma em que o Satoru,o Suguru e a Kami falavam dele, então se a Akami está com ele, ela está segura.

— Agora vamos, temos que ir pro andar onde ficam as armas.

— Certo!

Correndo naquele corredor que estava caindo aos pedaços, nós viramos a direita, subimos a rampa, viramos a outra direita, e assim que avistamos a porta que queríamos, um disparo foi lançado.

Eu reagi, mas o Geto não. A bala conseguiu atingir sua coxa.

Geto não gritou, mas seus olhos demonstraram o desespero e eu tenho certeza que os meus também.

— Eu estou bem! — sussurrou.

— Você morreu, Akami? — meu corpo gela quando o ouço.

— É o Yoshinobu.

— Akito,suma daqui!

— Claro que não, você tá maluco?! — o respondi, vendo ele se segurando para não gritar de dor.

Foi a primeira vez que Suguru tinha sido acertado, ele não conhecia aquela dor.

— Akito?! — Ouço meu nome sendo dito por aquele homem e logo em seguida uma risada macabra. — Ótimo. Ótimo!

— Akito,olha pra mim, saia daqui o mais rápido possível. Eu vou chamar o Sukuna, não vou enfrentá-lo sozinho.

Eu não poderia fazer isso. Ele não estava conseguindo ficar em pé, ele iria morrer.

— Saia daqui você, eu chamo o Sukuna. Você vai até a saída, e procura primeiros socorros.

— Akito… pense no que está fazendo. Ele vai matar você, pense na sua irmã.

— Minha irmã me protegeu a vida inteira,Geto. Tá hora de eu agir, e protegê-la também.

Levantei, e o deixei ali, deixando meus instintos me guiarem.

— Vá… Por favor, eu não posso perder mais alguém importante pra mim.

Senti ele assentindo com a cabeça, e indo para a direção oposta, e quando eu toquei naquela maçaneta e abri a porta, toda minha vida passou diante aos meus olhos. Todos os meus momentos com o Yuta, com meus amigos, com a Kami… Uma frase que ela sempre me dizia retornou a minha memória, e me fez sorrir.

“ Você é minha metade, Akito. Vou sempre proteger você. Sempre. ”

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𝐾𝑖𝑙𝑙 𝑚𝑒, 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑚𝑒 - 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora