Rosamaria
- Rosamaria Montibeller - travo na porta com a mão na maçaneta.
- Droga - falo baixo - Oi mãe - sorrio sínica.
- Não me vem com oi mãe - falou seria - Onde você pensa que vai sozinha.
- Não vou sozinha - falei confiante - Vou com o caramelo.
- Rosamaria eu estou falando sério- Ela parecia brava.
- Ok, ok - me dei por vencida - Só vou na praça, a que é uma quadra daqui - eu queria ir ler na praça. E queria ir sozinha pra ter um pouco de liberdade.
- Filha não posso te levar lá agora - segurou na minha mão.
- Eu com o caramelo mãe - tentei convencer ela.
- Ah mais não vai mesmo - bufei frustrada.
- Por favor mãe - falei suplicante.
- Vou ligar pra Naiane- falou rápido.
- Ela tá na casa da namorada dela - Eu sei que minha mãe fica preocupada, mas eu só queria andar um pouco sozinha.
- Então espera seu pai chegar do mercado- tentou me puxar.
- Mãe eu tô com o celular- mostro o aparelho no bolso da calça - O caramelo está comigo - eu já estava querendo chora - Por favor, deixa eu ir sozinha.
- E perigoso Rosa - falou mais calma.
- Mãe eu sei que você fica preocupada- falei calma- Mas deixa eu ter um pouquinho de liberdade.
- Já ligou pra Roberta? - ela parecia apavorada, só de pensa em eu saindo sozinha.
- Ela tá trabalhando - na verdade ela estava na casa dela, mas eu quero ir sozinha- Vai ser rápido.
- Tá bom - pulei de alegria - Se eu te ligar e você não entender- falou séria- Você não sai mais sozinha.
- Tá bom mãe - abracei ela - Te amo.
- Também te amo - separou o abraço- Toma cuidado.
- Pode deixar - segurei na guia do caramelo- Vamos caramelo para praça - falei rindo.
Eu estava feliz, era a primeira vez que eu ia sair sozinha. Eu estava bem animada. Cheguei na praça sem nenhuma dificuldade, sentei num banco.
- Bom garoto - fiz carinho no cachorro.
Estava distraída com o livro. Que levei um susto com o toque do meu celular, deve ser minha mãe.
- Alô- atendi logo.
- Bom dia linda - ri quando percebi que era a Roberta.
- Bom dia Rô- falei rindo
- O que faz de bom? - falou com uma voz rouca.
- Vim na praça ler - falei animada- E sozinha.
- Parabéns- falou animada também- Fico feliz por você.
- Obrigada- falei rindo.
- É - fez uma pausa.
- Pode falar - ri
- Posso ir aí te ver - ela parecia com vergonha.
- Claro que pode.
- Chego em des minutos- falou rápido.
- Tá bom.
Volei a ler meu livro. Mas tava difícil concentra. Só de pensar que agorinha a Roberta está aqui. Senti sei perfume, já abri um sorriso.
- Tá tendo uma exposição de arte e eu não estou sabendo- escutei sua voz.
- Porque? - falei rindo.
- Tem uma obra de arte aqui na minha frente- acabei rindo da sua cantada.
- Besta - ela sentou do meu lado.
- Por você - ri - Consegui fugir da sua mãe?
- Foi difícil convencer ela - fechei o livro é coloquei de lado - Mas deu tudo certo.
- Que bom - senti ela segurando meu queixo - E difícil resistir sua beleza tão próximo- falou e logo depois me beijou - Agora sim é um bom dia - ri da sua fala.
- Você tá que tá hoje né - senti ela segura minha mão.
- Com uma mulher dessa, tenho que elogiar toda hora - ri com vergonha - Vou compra um sorvete pra gente - deixou um selinho no meu lábios - Vou levar o caramelo pra beber água.
- Meu Deus eu esqueci a água do cachorro- falei culpada.
- Fica tranquila- me deu mais um selinho - já volto.
Rosamaria off
A duas juntas era uma cena linda. Mas pra Bia que tinha seguido Roberta. Era a pior coisa que ela estava vendo, ainda mais que Roberta estava com uma mulher cega. Ela esperou Roberta se afastar com o cachorro e foi pra perto da Rosa.
- Moça você não merece isso - falou com uma voz calma.
- Oi? - Rosa falou confusa.
- Enquanto você está aqui esperando sua namorada- Rosa ia falar que não era sua namorada, mais Bia não deu tempo - Ela tá beijando outra mulher, ainda tá rindo da sua cara.
- Tá o que? - ela não tava acreditando nisso.
- Ela tá beijando outra mulher- falou segundo o riso - Você não merece isso - levantou e foi na direção de Roberta.
Rosamaria levantou decidida a voltar pra casa, foi andando na direção que ela jurava ser de onde ela veio, o que ela não sabia e que estava indo na direção contrária. Roberta voltava rindo, tentando equilibrar dois sorvetes. Levou um susto quando deu de cara com a Bia.
- O que você tá fazendo aqui? - falou assustada.
- Sério que você me trocou por uma mulher cega? - falou com raiva.
- O que? - Roberta estava confusa- Meu Deus Rosamaria- acabou derrubando o sorvete, saiu na direção do bando.
- Não vai me responder? - seguiu atrás de Roberta.
- Vai tomar no seu cu- falou com raiva- Chegou no banco só encontrou o livro dela. Pegou o livro - O que você fez?
- Porque você acha que foi eu - falou sínica.
- Você fez algo pra ela - Roberta estava desesperada- Vem caramelo vamos procurar a Rosamaria- o cachorro latio.
- Você vai me deixar falando sozinha? - Bia não estava acreditando que Roberta não estava ligando pra ela.
- Vai se ferrar- empurrou a mulher- Se acontecer alguma coisa com a Rosamaria- falou com raiva - Eu te procuro até no inverno - começou a andar com o caramelo.
- Deixa esta vaguinha pra lá- falou debochanda- Você é louca - levou a mão na boca, onde Roberta tinha dado um soco.
- Nunca mais fala da Rosa assim - falou com raiva e começou a andar com o caramelo.
Roberta estava ao ponto de chora de desespero. Pegou seu celular, ligou pra Rosamaria. O celular devia estar descarregando. O desespero ficou mais.
Rosa andava sem rumo pelo parque, ela começou aceitar que estava perdida. O medo bateu, ela começou a chorar desesperada. Como ia volta pra casa agora. Pegou o celular pra ligar pra sua mãe.- Ligar pra mãe- esperou a voz do celular, mais não escutou nada - Ligar pra mãe- falou de novo. E nada - Droga - constatou que o celular estava descarregando.
- Moça está tudo bem? - escutou uma voz estranha - Posso te ajudar? - Rosa ficou assustada com a voz desconhecida. Era uma voz enrolada, não sabia se podia confiar.
Como estamos??
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Primeiro Amor (Rosaberta)
FanficRosamaria Montibeller uma jovem de 24 anos, tinha um sonho de ser uma grande escritora de livros de romance. apesar dela ser deficiente visual não impedia dela escrever. Ela se sentia frustrada por escrever romance e nunca ter vivido um.