[comentem]
Pov's Narradora;
O som alto do apito da grande locomotiva vermelha a vapor invadia os ouvidos de Amélia Petalóuda, que a faziam fechar os olhos com o incômodo barulho estridente.
Era primeiro de setembro de 1975, Amélia e Jason já estavam na plataforma 9¾ junto com a mãe que dava instruções para o filho mais novo, enquanto Amélia se mantia quieta e atenta no que a mãe falava para o irmão.
— Apolo, não se esqueça de se sair perfeitamente em todas as matérias, sei que não vai ser difícil para você querido. — Ela fala olhando nos olhos do filho caçula. — E arrume esses cabelos, estão bagunçados. — Diz em um tom autoritário enquanto já levava as mãos até o local que falará.
— Eu gosto deles assim, mãe. — O garoto fala tirando as mãos de sua mãe de seus cabelos e os bagunçando novamente do jeito que gostava.
— Não à questione, Jason. — Amélia se pronuncia, apertando o ombro do irmão um ano mais novo, mas recebendo um olhar de repreensão de sua mãe. — Apolo. — Se corrige.
— Viu só, seja como sua irmã mais velha. Ela sabe o que fazer para que as pessoas a respeitem. — A mãe fala para o garoto e Amélia se mantém aposturada com o elogio vindo da mulher.
— E é por isso que ela não tem amigos. — Jason murmura em um tom baixo, mas que sua mãe e sua irmã acabam conseguindo escutar.
Amélia não responde o murmúrio de Jason, deixando de lado o que ele disse e mantendo sua pose, fingindo que aquilo não tinha à atingido.
Porém, diferentemente de Amélia que havia ignorado o comentário, Elizabeth Leto Petalóuda encara o filho com os olhos cerrados por sua fala desconexa das crenças da mulher mais velha.
— Vocês não precisam de amigos. Somente de vocês mesmos. — A mulher fala com a voz firme. — Amigos só vão lhes enfraquecer, e eu não quero filhos fracos.
Jason apenas revira os olhos e se afasta alguns passos de onde as duas mulheres de sua família estavam, as deixando sozinhas por não querer discutir sobre esse assunto novamente.
Amélia suspira tristemente ao ver o seu irmão saindo, mas logo volta sua pose ereta e se aproxima dois passos da mãe, ficando frente a frente com ela.
— Não se preocupe, mamãe. Apolo não se metera em confusões esse ano, irei impedir isso. — Fala convencida.
— Eu tenho certeza que fará, querida. — A mulher se aproxima mais alguns passos da filha e leva suas mãos até o pequeno broche verde de borboleta que estava preso na roupa da mais nova, o ajeitando. — Sei que não irá desonrar o sobrenome de sua família, minha querida Ártemis. — Ela leva a mão até os cabelos longos e negros de sua filha e os alisa.
— Não irei, mamãe. — Amélia fala com um sorriso orgulhoso no rosto e aproveitando aquele gesto de carinho que sua mãe fazia em seus cabelos sedosos.
A garota escuta Jason gritando de longe, a chamando para embarcar no expresso de Hogwarts que já estava prestes a sair em direção a grande escola de magia.
— O trem já vai partir. Tenho que ir. — A garota fala para a mãe que apenas acena com a cabeça, afastando as mãos dos cabelos da garota. — Eu te amo, mamãe.
A mulher mais velha não responde nada para a sua filha, apenas continua a encarando com seus olhos negros e esperando que ela partisse.
Amélia — que parecia não ligar pela falta de palavras da mãe — se vira para seguir o irmão que a esperava na porta da locomotiva.
Antes de finalmente conseguir embarcar, a garota de cabelos negros se vira mais uma vez com grandes expectativas, após escutar a voz de sua mãe lhe chamar ao longe.
Amélia a encara por alguns segundos, esperando ansiosamente a fala de sua mãe, até a mais velha falar:
— Não se esqueça de fazer o que eu lhe ensinei quando comer demais, querida. — Ela sorri largamente. Um sorriso que Amélia não percebia que tinha medo. — Seja perfeita.Amélia apenas acena com a cabeça e sorri mostrando os dentes, escutando aquilo como um "eu te amo" que se esforçava para retirar de sua mãe.
A jovem Petalóuda anda até o encontro de seu irmão, parando com ele na porta da locomotiva a vapor vermelha.
"Eu só preciso dele." Amélia pensava e sorri com isso. Ela segura a mão do irmão mais novo e de cabelos bagunçados que a encara com o grande sorriso brilhante que tinha.
Os dois adolescentes entram na grande locomotiva a vapor vermelha, o Expresso de Hogwarts, e se acomodam em uma cabine vazia — como sempre.
O quinto ano havia chegado, e Amélia iría ser apenas a perfeição.
Ou era isso que ela esperava ser.
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● 785 palavras;
● É isso aí, estou iniciando uma nova estória com o tema de "Marotos" e espero que todos que estão lendo apreciem e se envolvam com as personagens;
● Esse é apenas o prólogo para que tenha um leve gostinho para o que está por vir;
● Não planejo ficar cem porcento focada nessa estória, por ainda não ter finalizado a de Aplin², então sejam pacientes e não cobrem tanto por atualizações;
● Agradeço por acompanharem essa nova 'fic e espero que gostem;
● Se preparem para passar raiva;
● Beijos, se cuidem e cuidem dos seus. Se hidratem e tenham uma boa semana;
● Até o próximo capítulo;
:)
~Mello
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Psyche • Sirius Black
Fanfiction_____ AMÉLIA ARTEMIS PETALÓUDA, uma garota vinda de uma família respeitada no mundo bruxo e com a supremacia puro-sangue empreguinada em suas veias. Com toda a família Petalóuda sendo parte da Sonserina, Artemis não seria diferente. _____ Seu nome...