Pov Brunna
Juliana deve ter um pouco de razão ou não, não tem certeza. Na verdade ultimamente não tenho certeza de nada. Minha vida anda uma bagunça ultimamente. Ânimo? É uma palavra que não fazem mais sentido para mim. Diversão? Desconheço completamente! Sorri? Quase não faço mais isso.
Minha melhor amiga até tenta me tirar de casa e me arrastar com ela, mas eu simplesmente não tenho vontade. Esse sentimento estranho que anda me atormentando me impede de fazer tudo o que eu fazia antes. Parece que quando eu tento não faz sentido, ou tem algo faltando. E eu realmente me recuso a aceitar esse "algo".
Faz uma semana que eu tomei a decisão de pedir o meu afastamento do Colégio onde eu trabalhava. O primeiro que eu entrei depois de formada. Lembro como se fosse ontem a felicidade que os meus pais sentiram quando eu dei a notícia. Faltou pouco soltarem fogos de artifício. Mas agora tudo estava escorrendo entre meus dedos como pequenos grãos de areia. Posso até está dramatizando ou pondo sentimentalismo demais. Mas é isso.
Já não fazia mais sentido, não era mais prazeroso trabalhar naquele local. As pessoas me olhavam torto. Alunos e alguns professores cochichando e falando mal de mim pelos cantos. Como se eu fosse um monstro. Isso realmente estava acabando comigo. O diretor insistiu que eu ficasse. Disse que entendia o meu lado e que tudo não passava de um grande mal entendido.
A quem ela estava tentando enganar? Só se for a si mesmo. Porque para mim estava tudo muito claro. Eu havia cometido um erro. Um um lindo erro, com um belo par de olhos verdes e um beijo maravilhoso, com uma pegada difícil de esquecer. Mesmo sabendo que correriamos riscos, eu quis me envolver. Depois agi como uma covarde e pulei fora, dando um pé na bunda da garota, sem se importar com o que ela sentia. E ainda por cima foi por telefone. Mas eu não encontrei outra forma para resolver isso. Então fui fraca e optei para a maneira mais fácil.
Inúmeras vezes critiquei os mauricinhos desses filmes de romance adolescente que abandonam as garotinhas na primeira oportunidade, deixando-as tristes e depressivas, afundadas num enorme pote de sorvete. Ou aqueles caras que só ficam com as mulheres por uma noite e depois somem. Eu não estava muito longe desse patamar. De alguma forma que não sei explicar, estava me sentindo suja.
Durante aquela semana que eu passei na escola tentando decidir o que fazer da minha vida e tendo que aturar os comentários ofensivos de um bando de hipócritas, Ludmilla não apareceu na escola um dia sequer. Estranhei esse fato. Cheguei a cogitar a ideia de ter acontecido alguma coisa grave com ela, mas quando estava passando pelo corredor, ouvi uma conversa dos seus amigos. Pelo que entendi, "Ludmilla estava fazendo drama e não queria sair do quarto e nem ver ninguém". Me senti mal, eu tinha uma grande parcela de culpa nisso tudo.
Já se faziam duas semanas que eu não via ou recebia noticias dela. Uma semana que eu tinha abandonado meu trabalho. Agora estava completamente sem ter o que fazer. Sempre que era possível lembranças do nosso primeiro beijo ou lembranças do nosso primeiro e último encontro invadiam a minha mente.
Na noite passada eu tive um encontro. Para deixar claro eu fui forçada pela pessoa que eu considero como minha melhor amiga a ir nesse encontro. Ela estava tentando de tudo para me ver melhor. Mas eu simplesmente não consegui. Quando ele me beijou, automaticamente flashes dos meus beijos com a Ludmilla invadiram minha cabeça. Então eu fiz a única coisa que eu poderia fazer, que foi sair de lá. Eu simplesmente corri fora, como um rato acuado. Ele deve ter ficado sem entender nada, e não seria eu quem voltaria lá para explicar a ele.
[***]
Levantei hoje um pouco esperançosa. Seria a minha segunda entrevista de emprego. Assim que tomei a decisão de sair daquele Colégio, deixei alguns currículos em escolas que estavam precisando de professores de literatura. Até hoje não recebi nenhuma resposta, mas nada para reclamar.
Levantei, fiz minhas higienes matinais e fui fazer meu café da manhã. Enquanto esperava as torradas ficarem prontas, me sentei na bancada para observar o tempo lá fora. Estava muito abafado, mais do que o normal. Com certeza mais tarde choveria.
Minha entrevista estava marcada para 13h, me pergunto: como alguém marca um entrevista de emprego nesse horário? Mas fazer o que né!? Então, aproveitaria o horário e resolveria algumas coisas que tinha para resolver fora de casa até dá a hora.
Assim que terminei o meu café da manhã, fui trocar de roupa. Como eu tinha certeza de que choveria mais tarde, coloquei um guarda-chuva e um agasalho na bolsa. Como diz a minha mãe: melhor prevenir do que remediar.
[***]
O táxi me deixou enfrente a escola onde aconteceria a minha segunda entrevista. Paguei o taxista simpático e adentrei a escola.
Passei pela secretária, a fim de me informar melhor onde aconteceria. Uma senhora simpática, de cabelos grisalhos me explicou onde eu deveria ir. E que a diretora da escola já estava me esperando. Mas pelo que eu vi no relógio, eu não estava atrasada.
-Boa tarde! Você deve ser a senhorita Brunna Gonçalves?- por incrível que pareça a diretora não era velha, parecia ser um pouco mais velha que eu.- Sente-se, querida!
-Boa tarde! Obrigada por me receber!- agradeci, recebendo um sorriso amigável de volta.
-Bom, Brunna! Pelo que eu observei aqui, seu currículo é impecável. Ótimas notas na faculdade, tem bastante cursos. Você provavelmente era uma ótima aluna e é uma boa professora por sinal.
-Eu me esforço bastante para dar e alcançar o meu melhor, senhora!
-Não me chame de senhora, querida! Não sou tão velha assim!- disse divertida.- Temos muito o que conversar!
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My sexy teacher (G!p)
Fiksi PenggemarBrunna Gonçalves, professora recém formada em literatura, se encontra em uma situação delicada após se permitir olhar nos olhos da morena pervertida do terceiro ano. Ludmilla não nega estar perdidamente atraída pela sua professora de literatura e fa...