13. LUTA

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DEMETRI VOLTURI

Grande parte da minha decisão de ir até o baile de Loham foi para pedir perdão a Aiyra, e eu consegui encontrar as palavras certas para ela quando meus sentimentos fluíram. Era horrível para mim admitir, mas não ficaríamos juntos. Aro nunca me deixaria sair da guarda.
Assim que ela saiu correndo após as minhas palavras, eu sabia que ela precisava de um tempo e eu não ajudaria tentando consola-la. Eu resolvi tomar champanhe perto da mesa, quando Aiyra apareceu correndo em meu campo de visão e quase caiu em cima de mim. Eu estranhei sua reação, e a questionei se estava tudo bem, até ela me surpreender me levando para si e me beijou.

Eu fiquei estático por segundos com seus lábios tão quentes e vivos contra os meus, todo o mundo ao nosso redor que queriam me matar desapareceram para mim, éramos só eu e ela. Segurei sua cintura com firmeza, e puxei seu corpo contra o meu e retribui seu beijo.
Ela entreabriu a boca dando passagem para a minha língua deslizasse sobre a sua, e gemi ao sentir o seu gosto de novo. Eu agarrei seu cabelo, e aprofundei o nosso beijo. Minhas mãos correram da sua cintura para as costas, tocando todas as partes que eram possíveis de se tocar naquele vestido.

Aiyra terminou o beijo com um selinho, mas eu estava tão inebriado nela que comecei a beijar seu pescoço, e suguei sua pele entre meus lábios a fazendo suspirar. Mas eu senti ela se afastando aos poucos contra o meu gosto. Meus olhos encararam diretos os seus, havia um brilho neles que nunca tinha visto desde que cheguei. Esse beijou me causou reações que eu não esperava, tanto na mente e no meu físico.

— Nós precisamos sair daqui — disse ofegante.

Eu tentei conter um sorriso, mas não funcionou. Eu estava sorrindo como um bobo pra ela, minha mente viajou totalmente naquela situação.

— Eu vou para onde você quiser.

— Perfeito.

Aiyra agarrou a minha mão e me levou como um vento pela mansão, desviamos dos convidados que surgiam pela frente e notei o olhar de Loham sobre nós, mas ele não ousou dizer nada. Melhor assim, ou eu teria que pular na garganta dele.
Eu notei um teor diferente se aproximando de nós, e frangi o cenho.

— Entre no meu carro — ela ordenou.

Rapidamente, eu já estava dentro do seu carro e ela entrou em seguida. Eu lhe dei um olhar confusão, mas ela não notou e arrancou com o carro a alta velocidade.
O que essa maluca está fazendo?

— Você deveria colocar o cinto de segurança — aconselhei.

— Um acidente de carro não me mataria, não se preocupe.

Eu continuei preocupado mesmo com sua fala. Embora ela não morreria, ainda se machucaria o suficiente para seu metabolismo ter que a curar. 
Fui distraídos dos meus pensamentos quando senti o teor vindo atrás do carro dela, e eu senti pelo seu teor que é um lobisomem. Vingança e raiva estão presentes na sua mente.

— Tem um lobisomem nos seguindo — avisei.

Aiyra continuou concentrada na estrada, e vi seu nariz torcer como se tentasse identificar o cheiro e de onde vinha.

— Não consigo sentir direito a direção dele.

— É porque o vento está ao seu favor, mas por sorte tem um bom rastreador aqui.

Captei com a minha audição os rosnados dele, e pela expressão de ódio que tomou a face de Aiyra, ela também ouviu.

— O que está acontecendo que não estou sabendo? — a questionei.

𝕿𝖚𝖗𝖓 𝖎𝖙 𝖇𝖆𝖈𝖐 || 𝕯𝖊𝖒𝖊𝖙𝖗𝖎 𝖁𝖔𝖑𝖙𝖚𝖗𝖎Onde histórias criam vida. Descubra agora