24. BATALHA

441 36 3
                                    

AIYRA TALA


Retornar para Forks com aliados é um orgulho carregado na minha face. A casa dos Cullens encheu muito mais do que na época que os Volturi queriam executa-los.
De primeiro momento, um clima estranho se estabeleceu. Vampiros de um lado e lobisomens do outro. Os pêlos dos lupus até se eriçaram com o cheiro irritante da presença de tantos vampiros, mas algo eles tem em comum. Todos estão desconfortáveis com a presença dos Volturi.

Aro não deixou seus olhos de cima de mim e Demetri no instante em que nos viu, ele saudou o seu ex General com um sorriso falso e uma conversa de saudade. Ele está processando que perdeu Demetri para mim, mas sei que não irá aceitar isso fácil. É claro que ele também não sabe que por trás de tudo existe um plano nosso também.

Logo, as bruxas também chegaram na cidade. Aliada das Devaraux, que juntas fizeram um feitiço de ilusão, mexeram com a cabeça de Loham até que ele decidisse vir de uma vez até nós, até a clareira. Novamente, nós nos vimos acampamentos em uma noite fria esperando pelo perigo, nos preparando para uma batalha.

— E aqui estamos nós novamente — Ariesla sussurrou, parando ao meu lado e observou na fogueira Marcus contando histórias.

— Só que dessa vez com uma ameaça maior — sorri de lado, e ela devolveu o sorriso — Ariesla, eu sei que dizer como se fosse uma despedida não é melhor nessas situações, mas eu ainda sim quero te agradecer.

— Me agradecer? Achei que já tivéssemos passado dessa fase — riu baixo, mas essa risada não chegou aos seus olhos.

— Realmente, mas não é todo dia que corremos o risco de morrer de novo. Eu quero te agradecer por essa vida extraordinária, e por ter resolvido me seguir a onde eu fosse. Você é como uma irmã, uma mãe, é minha melhor amiga. Eu espero que se estivermos vivas no final de tudo, você possa trabalhar comigo como uma líder e também viver a sua eternidade de forma aproveitosa.

— Você não precisa me agradecer — piscou — Mas eu ainda quero te pedir perdão por como te enganei para te transformar, em tudo que menti e escondi de você.

— Você já sabe que te perdoei — afaguei o ombro dela — E se você não tivesse feito tudo o que fez, eu não estaria aqui agora. Nenhum de nós estaria. Demetri nunca teria me conhecido, eu estaria morta, você também possivelmente teria morrido, mas olhe para nós agora.

— Eu te amo — ela sussurrou.

— Eu também te amo, ruivinha.

Ela se virou e me abraçou. Eu a apertei mais em meus braços e deixei o meu corpo relaxar nos seus. Ariesla, minha família junto com Demetri e um dos meus portos seguros.

— Assim eu quase fico com ciúmes — ouvi a voz de Demetri, e Ariesla me soltou.

— Eu vim primeiro que você, supere — ela brincou.

— E eu sou mais bonito, rá!

Ariesla revirou os olhos com um sorriso, e disse que iria falar com suas irmãs e nos deixou sozinhos. Ela foi para perto de suas irmãs, eu a ouvi sussurrar que queria falar com elas e as três sumiram pelas partes mais escuras do nosso acampamento.
Demetri aproximou-se e me abraçou por trás, deixando beijos molhados na minha bochecha.

— Como você se sente? — perguntou com os lábios quase encostando na minha orelha.

— Melancólica — respondi, tombando a cabeça pra trás para ver seus olhos avermelhados.
Demetri se aproveitou da minha posição e me roubou um selinho. Eu me afastei apenas para poder ficar de frente para ele.

𝕿𝖚𝖗𝖓 𝖎𝖙 𝖇𝖆𝖈𝖐 || 𝕯𝖊𝖒𝖊𝖙𝖗𝖎 𝖁𝖔𝖑𝖙𝖚𝖗𝖎Onde histórias criam vida. Descubra agora