XIII

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Stark passou a noite toda lendo sobre a lei de reivindicação. E constatou o absurdo que era, mas pelo menos tinham brechas enormes. Se QuEntin acha que pode chegar aqui e reclamar algo baseado nessa lei, o cara era realmente um leigo.

Mas primeiro tinha que saber como estava Peter,  deixou Nat dormindo no sofá. Sabia que tentasse acordar a amiga, iria levar um soco. Então, subiu para sua casa.

Assim que adentrou, percebeu um cheiro conhecido. Peter finalmente tinha saído da toca. Seguiu os instintos, até chegar na cozinha. Vendo o menor pegando algo na geladeira.

—Petey...—Tony disse baixo, justamente para não assustar o garoto. Mas Peter deu um pulo do mesmo jeito.

—Sr. Stark.—Olhou para Tony. —Eu so tava... você sabe.... Me desculpa.—Soou quase como um choro, Peter não queria ter evitado Tony, ainda mais depois do encontro que o mais velho fizera. Mas no fundo, é como se todo seu passado viesse a tona. Ele estava com medo.

—Pelo que?—Tony chegou mais perto de seu menino, acariciando sua bochecha.— Você não fez nada, Petey.—Então, Tony o abraçou. Não ia negar que estava sentindo falta de ter o cheiro de Peter em si.

—Mas agora, você sabe.—Peter fungou.—Ele..

—Ele é um babaca.—Tony respondeu, cortando Peter.— não se preocupe, vamos resolver isso.

—E a lei?

—Nossa sorte são as brechas.—Tony acariciou os cabelos do outro.— Vou chamar o Stranger, mas não se preocupe. Ele só precisa ver uma coisa.

Peter apenas concordou, voltando aos braços de Tony.

[...]

Se passou horas, até que finalmente Dr.Strange estava ali. Ficou alegre de ver que Tony realmente não faz nada no cio do Peter, já que o mesmo estava com um pé atrás da última vez que esteve aqui.

—Peter, como é bom te rever.—Tony até estranhou o amigo estar muito amigável.—Não se esqueça que se o Tony tentar algo que você não queira, me ligue.—Passou o cartão para o garoto.

—De novo com isso ?—Tony bufou enquanto Peter apenas deu uma leve risada.

—Precauções.—Se virou para Peter.—Mas então, o Que eu devo analisar?

—Uma mordida.—Tony respondeu.—Um cara mordeu o Peter há uns anos, e agora ele quer reivindica-lo.

—Quantos anos ?—Strange perguntou.

—Eu não me lembro bem, mas eu era bem pequeno.—Peter respondeu.— Eu só lembro dele, me mordendo e dizendo que fui feito para ele... e depois...

—Tudo bem, Petey.—Tony acariciou suas costas.—Nao Precisa falar se não quiser.

—Bom, esse cara é completamente sem noção.—Strange constatou.— Morder crianças, faz com que a mordida dure até agora, principalmente se Peter nunca teve outro parceiro....—O garoto ficou vermelho.—Mas vou dar uma olhada.

Assim que o doutor acabou de chegar a mordida do Peter, ele percebeu que a mesma estava realmente quase saindo. E se o Tony quer mesmo usar as brechas da lei, ele precisava ser rápido.

—Então?—Peter estava atento, esperando uma respostas junto a Tony.

—Ate A mordida sair completamente. Ele pode tentar reivindicar você.—Strange disse.— A boa notícia é que, a mordida está quase desaparecendo totalmente. E ainda tem a solução "B" que seria você arranjar um alfa, e completarem a reivindicação antes dele. —Olhou para o Tony sério.— O que eu recomendo é um advogado bom, e manter Peter seguro.

—Vou fazer isso.— Tony respondeu.— Se aquele cara ousar vir aqui, eu o mato.

—Tony controle seus feromônios de alfa.—Strange avisou, vendo que Peter estava encolhido.

—Desculpe, Petey.—Tony logo se acalmou para o outro poder voltar ao normal.—Obrigada Strange.

—De nada, e se lembre-se Peter. Qualquer coisa me ligue.

—Pode deixar doutor, obrigado.

—Está até botando ele contra mim, isso que é amigo ?—Tony perguntou de modo dramático, fazendo os dois ao seu lado rirem.

[...]

O dia seguinte chegou rápido, e com ele os afazeres de Tony. Se certificou que Peter estaria seguro, antes de descer pro escritório, precisava arranjar um bom advogado, e possivelmente um que seja bom em enrolar também.

—Ei, quando eu vou conhecê-lo?—Natasha perguntou assim que entrou no escritório.

—Assim que possível.—Tony respondeu enquanto ainda olhava o computador.

—Sabe, eu te apresentei a Wanda assim que começamos a namorar.—Bufou.— isso é injusto sabe. Você não pode pega-lo só pra você.

—Eu sei, eu sei, mas tem tanta coisa acontecendo agora.—Tony finalmente tirou os olhos do computador, para olhar para sua amiga. —Se algo acontecer...

—Qual é, Tony tem um monte de seguranças aqui. —Nat respondeu.— ele está seguro, vamos conseguir resolver isso. Nem que eu mesma tenha que ir resolver.—Sorriu diabolicamente.

—As vezes eu tenho medo de você. Mas aí eu lembro que você tem medo da Wanda.—Tony brincou.

—Voce Nunca viu ela brava. Ela nem precisa gritar, ela só me olha e eu já estou obedecendo ela.—Diz dramática.

—E ainda dizem que relação entre alfas é impossível.—Tony respondeu.—Vocês são feitas uma pra outra.

—assim como você e o Peter.— Nat diz alegre e Tony Sorri.

Nem deu tempo para achar um advogado, quando os dois perceberam. Um alarme estava soando.

Tony  sabia muito bem qual era esse tipo de alarme era aquele.

Era o alarme de sua casa.


ALPHA | StarkerOnde histórias criam vida. Descubra agora