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- Tá doendo muito. Me ajuda! - Apoiada com as mãos na cama, balançava meu quadril de um lado para outro, enquanto isso minhas lágrimas caíam, de puro desespero e muita, muita dor.- Ahhh!!!

- Respire com calma, tudo ficará bem. Eu te prometo.- falou atrás de mim, e mais uma vez aquela dor horrorosa começou.- Respira, leve, devagar. Shihhhh!! - abri as pernas com muita vontade de fazer força.

- Ahhh!! Chu! Dói, dói muito! - levei minha mão pra baixo ao sentir algo.

- Calma! Doutora? Tá saindo! Tá saindo! E agora?

- Irei te auxiliar, chegou a hora.- se aproximou.

foi fazendo força, três dolorosas vezes, que vi meu mundo girar em órbita. As mãos de chu estava alí entre minhas pernas dando estabilidade, e eu confiei. por isso pela última vez eu fiz força, chorando ao perceber o que acontecia com meu corpo. Eu sentia saindo, era uma dor sem tamanho, indescritível, queria algo para me aliviar, mas não tinha saída.

Na terceira vez, algo tão aliviante ao ponto de me fazer sorrir chorando, não só por isso, mas também porque após aquilo ouvi dois choros, dois choros totalmente diferentes, mas que significava muita coisa.

- Nasceu!!! Nasceu, jennie! Nossa menina! - diz chorando ao ter em seus braços uma menina pequena, rosada e cheia de sangue.- Oi titia, oi! Bem-vinda! Eu sou sua titia, pequena. É, a titia chu. Como você é linda. Você é linda! É... Você é tão linda, pequena.

Tentando respirar normalmente, sentei na cama e pedi desesperadamente minha filha nos braços, que ainda se ligava à mim pelo cordão umbilical. Sorri vendo a forma encantada que jisoo olhava minha filha, chorando tanto quanto ela [...]

Com um sorriso estampado no rosto eu despertei daquele lindo sonho. Na verdade, o sonho do melhor dia da minha vida, o dia em que peguei em meus braços minha pequena Mikaella, o motivo pela qual eu lutei até o último segundo, minha vida.

Mas aquele sorriso de recordação não durou por muito tempo, pois senti um endurecimento repentino acontecer, o que me fez franzi o cenho duvidosa. Toquei minha barriga e sentei na cama, acariciando ela meio agoniada.

— Oi, filha. Mommy acordou. O que foi? O que te incômoda? Volta a dormir. mommy está aqui, meu amor.- sussurrei para não acordar lisa que estava capotada na cama.

Deitei de lado ainda acariciando minha barriga, esperando que alaïa ficasse quietinha. mas não deu muito certo. junto a sua agitação, uma pontada forte me fez sentar novamente e fechar meus olhos com força pela fina dor que acontecida em minha lombar. Após aquele endurecimento passar, encarei minha barriga fixamente.

— Está com fome ou está sem sono? Uhum?Vamos passear um pouco? Podemos passear e conversar, que tal? - levantei com certa dificuldade.- É, não tem problema não, mommy te espera dormir. É, vamos andar um pouco, tá? Pronto... Vamos lá...

Calcei minhas pantufas, vesti um roupão e saí em direção a varanda do hotel, acariciando sem cessar minha barriga que estava um pouco baixa. Olhei para meu pulso e no relógio marcava quatro e cinquenta da manhã.

— Mi niña, un alma sin dolor...- cantarolei a canção favorita da minha pequena para que de alguma maneira alaïa se acalmasse.- Tu fuerza que llena de valor.- comecei a andar pelo espeço daquela varanda.- Te dieron alas, Bajaste desde el cielo hasta mis brazos, Fuiste un milagro que Dios me regaló...

Me apoiei no ferro da varanda ao perceber uma dor fina se aproximar. abaixei minha cabeça e suspirei com um ritmo dançante do meu quadril. Foi exatos cinco minutos, não dolorosos, mas nítido ao ponto de me espantar.

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora