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Continuação...



Sabe quando você ver a mais linda obra de arte de uma galeria? As ondas do mar, as estrelas do céu, ou sente a areia fininha do mar em seus pés em um pôr do sol lindo, ou até quando ouve a canção que pra você é a mais linda do mundo? Então, essa sensação de prazer que sinto toda vez que a vejo. Uma sensação indescritível de leveza, de amor e admiração. Eu não conseguia não suspirar toda vez que meus olhos focavam nela, era algo único, é como se meu mundo entrasse em modo silencioso e ficasse só ela focada no meu campo de visão. Eu sorria boba só de vê-la sorrir.

Ela me deixa totalmente entregue.

Na varanda da casa, jennie estava deitada no sofá que tinha alí. Suas mãos sobre sua barriga enquanto seus dedos circulava em forma de carinho na altura do seu umbigo. Ela estava de fones de ouvidos, com a cabeça apoiada no encosto do sofá. Seus olhos fechados sentindo a música que ouvia. E eu alí metros de distância, apenas sentindo a leveza de vê-la bem e tranquila.

Saí do carro e fui andando até o gramado da casa, parei na escadinha e me encostei no cercado, apoiando minha cabeça na madeira bem na entrada. Foi quando vi um leve sorriso brotar em seus lábios, ela se moveu se ajeitando melhor no sofá e suspirou se concentrando. O que veio logo em seguida foi um som calmo da suas cordas vocais. Ela emitia o som da música somente numa nota.

— Minha menina, uma alma sem dor. Sua força é cheia de valor. Te deram asas, você desceu do céu para meus braços....- parou de cantar e suspirou.-você é luz que agora vive em mim. A razão de ver brilhar cada manhã...- parou por um momento.-....é como a chuva que se enche de sol, vou orar para guardar seu coração, vou cantar sua música e as minhas noite serão dia por seu amor.- sorriu.- Meu sol... Meu sol... Meu sol...

Me aproximei e encostei minha lombar na madeira, ficando agora em sua frente. Eu estava a um metro de distância dela. Meus olhos presos na suas mãos em sua barriga, ainda com seus dedões a mapear cada cantinho. Com um suspiro alto, parecendo sentir o meu perfume ou a presença de Alguém alí, seus olhos se abriram, me olhando surpresa e logo ser substituído por um olhar de alívio.

— Linda canção.- cruzei meus braços em meus seios.- Gostei.

— A quanto tempo está aí? - pergunta envergonhada.

— Tem um tempinho.- sorri pra ela.- Gostei da canção.

— Cantava essa música quando ella ainda estava na minha barriga.- disse se encostando no sofá novamente, ficando meio deitada.- E quando fazia ela dormir.

— E de quem é essa música?

— Sebastian yetra. Ella ama essa música.- disse e seu olhar ficou longe, como se recordasse de algo.

— Ela já está dormindo?

— Já. Foi uma batalha e tanto pra coloca-la pra dormir hoje.

— Por que? Pera, Você contou?

— Contei.

— Ah nini, mas eu também queria participar dessa conversa.- Digo fazendo manha. Ela riu.- Eu queria ver a carinha dela de feliz.

— Desculpa. Estava doida pra contar pra ela.- respondeu cruzando suas pernas.- Não consegui me conter.

— E como ela reagiu? - me animei.

— Bom...Ela vibrou muito. Ficou muito feliz e não parava de me abraçar. Mas depois de um tempo ela raciocinou e me fez uma pergunta que me deixou sem fôlego.

— Que pergunta?

— Ela me perguntou como você me deu o irmãozinho dela, sendo que você é mulher igualmente a mim.- arregalei meus olhos assustada.

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora