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— Ela está alí.- apontou Amélia.- Tome o tempo que precisar, delegada Kim.

— Muito obrigada, senhora Amélia.- dito isso a mulher me deixou sozinha perdida nos meus pensamentos, sorrindo feito uma criança perdida.

Lá no canto, embaixo de uma árvore de cereja, em um banco de madeira super espaçoso, rosé estava sentada. Ela estava a coisa mais graciosa que existe, vestindo um macacão calça jeans, uma blusinha amarela de manga e em seu cabelo um penteado lindo de Chiquinha. Eu pudia ver de longe que seu rosto estava manchado de tinta azul e verde. Ela sorria para uma menina em sua frente, pequena de cabelos loiros. Ao seu lado havia outras crianças brincando de desenhar, conversando entre si.

Enquanto rosé estava esquivada sobre a mesa apontando para algo em cima dela, a menina loira que aparentemente tem quatro anos, estava na pose de índio, sentada em cima da mesa vendo o que rosé mostrava e delineava a ela. As duas conversavam, sorrindo uma para a outra, pareciam estar em outra dimensão.

Eu já estava uns minutos alí parada, vendo de longe o quão bom é ver aquele sorriso lindo e verdadeiro, o quão bom é poder sentir meu coração descompensado dentro de mim, o quão bom é saber que aquele sorriso lindo pertencia a alguém, que aquela menininha linda tem alguma coisa haver com isso.

— Ei! O que é isso!? - ouvi uma voz atrás de mim. Me virei e vi dois garotinhos me olhando fixamente, meio assustados.- Nas suas costas...

— Você está com uma arma? - o menor pergunta se escondendo atrás do loirinho.- Vamos embora contar pra tia Amélia, mathew, Ela vai matar todos nós, temos que ser rápido.- o ouvi sussurrar.

— se acalmem, meninos. eu não vou matar ninguém, não se preocupem. Eu sou boazinha.

— Então por que está com uma arma aí atrás?

— Faz parte do meu trabalho, garotos.

— Você é policial?

— Não exatamente. Na verdade sou delegada federal.- sorri.

— Federal!? - o maior pergunta maravilhado.- O FBI?

— É sim.

— Você mata pessoas? - o menor pergunta já sem tanto medo.

— Não é o objetivo principal, mas as vezes é preciso matar pessoas ruins para salvar pessoas boas.

— Isso é legal! Eu nunca tinha conhecido uma pessoa do fbi. Você deve ser bem inteligente, né? - O maior pergunta.

— Bom, eu estudei bastante pra ser uma delegada da federal, era meu sonho de criança. foi bem difícil, mas eu consegui o que eu tanto queria.

— Eu quero ser um agente secreto do fbi.- o menor disse sonhador.- Você acha que eu consigo?

— Claro que sim, você pode ser o que quiser, basta se esforçar bastante pra isso.- me abaixei querendo ganhar sua confiança.- Olha, tá vendo aquela mulher alí sentada? - Apontei para rosé.- Ela é minha agente, uma agente especial.

— Sério!? - a olhou.- E ela anda com uma arma também?

— Eu nunca vi ela com uma arma desde que ela começou a vir aqui.- o maior diz.

— A gente sempre anda com uma arma para a nossa proteção pessoal, mas se ela não trouxe, talvez porquê não quisesse fazer medo a nenhum de vocês.

— Ela não parece ser brava! pessoas que são do fbi não deveriam ter cara de brava? - o loirinho pergunta.

— Vai por mim, aquela mulher bota medo em qualquer um quando quer. Você tem que ver como ela fica com cara de brava quando está de uniforme. Até eu tenho medo.

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora