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Moro no atual mundo onde eu vivo a pensar nela. Eu penso diariamente nela, na saudade que sinto, na maneira que eu poderia não ter me machucado tanto e ter me entregado pra ela naquele dia, entregado meu coração. Tem sido muito difícil pra mim tudo isso, saber que tudo é barrado por mim de forma tão brutal, é frustrante demais. Mas isso não esconde o fato, eu sinto, foda-se, eu sinto de todas as maneiras.

Eu amo.

Eu a amo.

E queria ter a coragem de dizer isso olhando nos olhos dela, queria ter a coragem para explicar tudo o que eu sinto, Mas tenho que me contentar que aquela relação acabou, nosso convívio acabou, e principalmente a chance de termos algo mais fundo, eu dei um fim. Eu disse não.

Eu encontrei alguém que me fez esquecer pelo menos segundos que fosse, a ausência dela no meu dia a dia. Que me fez esquecer que mesmo eu tentando, ela ainda segue no meu coração, viva e como ninguém nunca esteve. Ela me ajuda diariamente com tudo isso mesmo sem saber, com um sorriso, um abraço, ou até mesmo com um toque, E sou grata, porque se não tivesse conhecido ela naquele dia tão confuso, eu já teria enlouquecido de tanto pensar.

Amanhã, sábado, será o dia que irei visitar essa tal pessoa, que já estou perdidamente apaixonada e ansiosa para reve-la. A sudorese presentes em minhas mãos indicava o quão ansiosa estava, meus olhos estavam presos no relógio esperando ansiosamente para partir e vê-la. Eu estava definitivamente alvoroçada com tudo que me aconteceu desde o dia seguinte em quê resgatamos ella naquele dia em los Angeles. posso dizer que foi uma resposta, e como eu não aguentaria guardar isso só pra mim, contei para minnie e minha mãe. Elas ficaram felizes por mim, óbvio.

Depois de jantar, sentei no sofá da minha casa e fiquei esperando o tempo passar, presa no noticiário. O ar limpo e calmo da sala me deixava leve. Tudo escuro, tudo negro, somente o som baixo da televisão soava. Era exatamente dez da noite quando ouvi uma movimentação do lado de fora do meu apartamento. Fiquei um pouco confusa, mas assim que me pôs a pensar melhor, reconheci as vozes que vinha de fora. Levantei a caminho da porta após colocar em meus pés meu chinelo.

— Você não pode inva...- se espantou quando abri a porta.- Oh! senhorita manoban! desculpe toda essa confusão, tentei impedi-la de subir, mas ela subiu mesmo assim, vou resolver em...- pegou seu celular.

— Vai ligar pra polícia? - A morena pergunta.

— Jisoo! O que veio fazer aqui? - pergunto.

— Eu vim te ver, mas esse senhor não quis me deixar subir, então eu passei mesmo assim porque não sou nenhuma desconhecida nesse prédio.

— Ele não deixou porque eu disse pra não deixar ninguém subir, jisoo. especialmente você.- ela mudou de feição drasticamente, como se tivesse ficado magoada com a notícia.

— Senhorita manoban, deseja que eu chame a polícia? ela parece alterada e pelo o que vejo ela está com uma arma na cintura.- Ele disse meio retraído a última frase, talvez com medo de jisoo fazer algo.

— Ela é da federal, sabia? Peça pra ela me prender por invasão privada.- jisoo fala voltando a se aproximar do homem barbudo.- Não precisa desse esforço todo, ela tem várias algemas lá dentro... Não se dê o trabalho de chamar a polícia, tem duas agentes da federal na sua frente, e não é qualquer policia, é o fbi. Conhece?

— Jisoo...- a chamo quando vejo ela se aproximando mais dele.

— Ela é uma ameaça, Senhorita manoban? - o homem ignorou jisoo.

— Não, não é.

— Deseja que eu chame a polícia, senhorita?

— Ela não deseja não, obrigada.- O homem me olhava como se eu fosse aquelas mulheres sendo ameaçada pelo ex marido machão, com isso ele tentou contato visual comigo, querendo de alguma forma saber se ele devia realmente chamar ajuda.- Não é rosé?

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora