9 ♡

12.9K 1.3K 1.2K
                                    

"O tempo pode apagar lembranças de um rosto, corpo, mas jamais apagará lembranças de uma pessoa que soube fazer de pequenos instantes, grandes momentos."



Bangkok, Tailândia.

E aqui estou eu novamente, no lugar onde nasci, no lugar que se encontram duas das pessoas mais importantes para mim. Era sempre difícil voltar para casa dos meus avós por um motivo: Ter que me apresentar de novo para meu avô. As vezes ele lembrava, outras chorava de medo quando entrava na casa. Mas nunca vou me cansar de me reapresentar.

Estacionei o carro alugado em frente a grande casa rodeado de um jardim lindo. Desci, e me direcionei a porta de entrada. Toquei a Campainha, que logo foi atendida pela cuidadora do meu vô.

— senhorita, lalisa. que surpresa.- disse com um sorriso no rosto.

— Oi bety, como vai? - entro na casa.- tudo bem?

— Tudo ótimo.- fechou a porta.

— Cadê meus avós? - Pergunto varrendo a sala com meu olhar.

— o seu avô está no quart e sua avó na cozinha.- disse.

Assenti com a cabeça e me direcionei a cozinha, encontrando uma senhora de setenta e oito anos, com seus cabelos brancos, bele clara e bem cuidada, cozinhando algo no fogão.

Sim, minha vó é uma mulher conservada.

— senhora, Hilary manoban! - digo parando na frente do balcão.

Ela se virou e arregalou os olhos.

— minha filha!! - veio até mim com os braços abertos.

— como está, minha rainha?- a abraçou forte

— Estou bem, minha filha. que surpresa você aqui.- me deu um beijo na bochecha e me encarou.- veio sozinha?

— sim vozinha, min e Rosé não poderam vim. E papai e mamãe estão cheios de casos.

— estava com saudade de você, pensei que tinha nos esquecido.- acariciei seu cabelo.

— jamais vozinha, só estava esperando me darem uma folga, o trabalho está sugando meu sangue.

— que bom que está aqui.- sorriu.

— como ele está?

— oh, minha filha. está cada dia mais ausente, nem de mim ele lembra mais. A doença está cada dia avançando.- em seu rosto uma feição de tristeza.

— posso vê-lo?

— claro, vamos lá.- pegou minha mão e subimos até o andar de cima da casa.

Assim que entrei no quarto, meu velhinho de oitenta e oito anos estava sentado em frente a janela em sua cadeira de rodas. Me aproximei, peguei uma cadeira que estava no canto do quarto e coloquei ao seu lado, logo ganhando sua atenção.

— Quem é você? - me olhou com o cenho franzido.

— Oi, senhor jonh. sou lalisa, sua neta.

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora