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Continuação...


O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda oportunidade.


bom, tenho que ir.- levanto do sofá onde todos estavam deitados.- Tenho que descansar antes do trabalho.

— Mas já, filha? - meu pai interrogou.

— É pai, o trabalho me espera.

— te deixo no seu apartamento, lali- Minnie levanta.

— Eu agradeço, min.

— Não demore para voltar, filha.- minha mãe diz abrindo os braços e logo a abraço.

— tá bom, mãe.

Me despeço deles e saímos da casa.

— ah lisa, obrigada por convencer o papai.- disse quando chegamos na frente do meu apartamento.

— Não agradeça, min. agora liga para senhorita Kim, e comece a decorar.- dou um beijo em sua bochecha.

— ah eu vou fazer isso sim, o mais breve possível.

— tchau, min. cuidado no trânsito.

— tchau, lali.- saio do carro e entro no prédio.

Assim que entrei no meu apartamento tomei um banho demorado, já sabendo que vou precisar preparar meu corpo para uma longa noite, e nada melhor que um banho não é mesmo? Vesti um roupão mesmo. Fui até a cozinha comer a comida que minha querida Estela preparou. Me sentei no sofá e liguei a tv. Assim que terminei minha refeição, lavei a louça e voltei deitar no sofá.

Às onze e meia levantei para me arrumar para mais uma noite nos corredores daquele hospital, com meus pequeninos. Vesti uma roupa apropriada para entrar no hospital, Peguei minha bolsa e desci. Peguei meu carro e dei partida.

Fui direto para sala de troca de roupa, deixei minha bolsa na minha sala e logo fui para sala de emergência atender meus pacientes.

Cada dia naquele hospital me deixa um ensinamento de vida. A ala de UTI sempre é complicado para mim, ver aquelas crianças, muitas das vezes sem chance de viver por alguma doença, me deixa extremamente de mãos atadas. Na faculdade foi ensinado que médicos não podem misturar nem criar laços sentimentais com os pacientes, que não se deve misturar o lado sentimental com o profissionalismo, mas sempre achei isso uma missão impossível. Tento sempre passar o máximo de amor para todos eles, desde de uma simples gripe até um câncer.

Sim, atuo em um pouco de cada área, menos neuro.

Na minha primeiras semanas de residência no hospital, tive que ser afastada depois que uma paciente de sete anos faleceu vítima de leucemia, fazia tratamento desde os seus cinco anos. me apeguei nela, estava todos os dias com ela. E foi um baque para mim quando ela faleceu, fui afastada pelo caso ter me afetado tanto que não consegui seguir com meu trabalho.

Mas estou mais equilibrada nesse quesito.

Às 13h da tarde terminou meu plantão, e como sempre meu corpo estava um caco.

Peguei meu carro e fui para meu apartamento, me surpreendendo ao ver Irene em frente ao prédio. O portão da garagem foi aberto e parei bem na entrada, abri a janela do carro vendo Irene se aproximar.

— Irene?

— Oi lisa, A gente pode conversar?

— Agora? - ela parecia triste.- claro! - estacionei o carro na garagem e subi para meu andar ao lado de Irene em um silêncio constrangedor.

The brunette of the book - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora