Capítulo VIII

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Durante o trajeto o senhor Harmann parecia mais relaxado, ele dirigia olhando fixamente para a estrada, mas suas mãos sobre o câmbio pareciam inquietas...

-O senhor está bem?- Disse eu apontando para suas mãos.

Ele sorriu.

-Já disse que não precisa me chamar de senhor, Anelise.-

Corei, meu nome entre seus lábios mexiam comigo de uma forma inexplicável.

-Estamos quase chegando.- Alertou ele.

Era uma loja no centro a Delphin, pelo que me lembro era uma das lojas favorita de Alexa, e até ela achava caro.

-Nesta loja?- Disse eu preocupada.

Ele me olhou.

-Algum problema? Não gosta dessa?!-

-Não, de modo algum...- Me encolhi -É só que ela é...

-É uma das lojas mais conceituadas para buscar roupas adequadas para um evento a altura.-

Eu ainda sem jeito completei:

-E... é...Cara...- Eu realmente estava envergonhada.

Ele riu alto.

-Anelise, se divirta escolha o que quiser. Não se preocupe.

Ele estava realmente disposto a me comprar algo nesta loja. Na Delphin.

Ele estacionou o carro em uma vaga disponível e o desligou. Ele ficou pensativo por um momento, mas disse:

-Vamos?!

Eu apenas assenti, e então saímos do carro em direção a linda fachada da loja.

A decoração da loja tinha um estilo bucólico, mas ao mesmo tempo fino. Tinha flores e decoração que remetiam uma imensa graciosidade.

O senhor Harmann se dirigiu a minha frente e abriu a porta da loja para mim.

O cheiro que invadiu minhas narinas era tão familiar, um cheirinho de campestre misturado com grama cortada.

Ele depositou a mão em minhas costas, eu senti um arrepio ao seu toque.

Ele me guiou delicadamente até uma poltrona, fez um gesto para mim sentar e se afastou.

Eu apreciei mais uma vez aquele cheiro maravilhoso, e o senhor Harmann estava voltando com uma atendente sorrindo.

Não pude deixar de notar que ela olhava maliciosamente para ele.

Naturalmente, o senhor Harmann era um homem muito bonito, era magro sem músculos, mas sua beleza era exuberante.

-Boa noite, seja bem vinda a Delphin.- Ela olhou para mim e para o professor.

Percebi que ele estava sério, ela passou o braço pelos ombros dele e acariciou seu braço.

-O Josia havia me contado que precisava de uns vestidos para uma ocasião especial, seria você que se utilizaria deles?

-Sim.- Respondi.

-Muito bem, tem alguma coisa em mente.- Disse ela de um jeito indiferente.

-Não...-

Ela largou do senhor Harmann, e veio em minha direção.

-Fique de pé.- Disse ela gesticulando.

Eu obedeci, passei as mãos pela minha camiseta.

-Devo ter algo para isso.- Disse ela me olhando de cima até embaixo.

O senhor Harmann pigarreou e disse em tom sério.

O preço do meu SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora