O preço do meu Sangue

Capítulo XVII

Não sonhei com nada, apenas descansei tranquilamente e em tempos foi o melhor sono que tive.

Me dei o luxo de abrir os olhos e observar a claridade da manhã, mas não consegui ver totalmente já que tinha algo bloqueando minha visão. Levantei a cabeça lentamente...

"Ah não." Pensei.

Meu braço estava em volta do senhor Harmann, como que pode ter ocorrido isso? Pensei em tirar, mas acho que ele acordaria e eu não queria isso.

Repassei meus pensamentos e o analisei: Sua barriga subia e descia lentamente, seu cheiro pairava no ar. Decidi aproveitar esse momento e superar a minha timidez.

Fiquei refletindo tudo o que ele disse ontem, era muita informação e decidi não condenar o Samuel, aliás se ele tiver mesmo essas "habilidades" e me revelasse, com certeza eu correria algum tipo de perigo. Lembro que ele disse inúmeras vezes que ele queria muito contar, mas não podia, ou que era perigoso.

Ter essas "habilidades" deve ser interessante, será que com essa era de habilidades haverá um grupo de super heróis? Ou pessoas descontroladas e desesperadas? Será que muitas pessoas adquiriram poderes? Se é assim que posso chamar... Qual será a habilidade do Sam?

Tem os olhos do Professor...

Porque ele foi tão mal comigo? Será que ele estava tentando me proteger do CRG? E me afastar do Sam para me proteger? São tantas dúvidas...

O senhor Harmann se mexeu, continuei o observando.

Ele se virou para mim e abriu os olhos lentamente.

-Oi. – Sussurrou ele.

-Oi.- respondi corada.

Ele analisou meu braço, mas não o tirou. Talvez fizesse alguma pergunta sobre, mas não a fez.

-Desculpe. – Disse eu retirando o braço.

Seu olho suavizou e ele sorriu.

-Tudo bem, não nos responsabilizamos pelo que ocorre a noite.

Eu sorri, mas senti algo estranho naquela frase.

Até que o senhor Harmann era um cara muito legal e gentil também.

-Temos aula Anelise...

-Que horas são?

Ele se levantou e procurou seu celular, quando o alcançou no criado mudo seu olhar se assustou.

-Agora é hora de se arrumar rápido, sem café e entrar no carro.

Me levantei num pulo e fui escovar os dentes, do banheiro pude ver roupas sendo jogadas, conclui que o professor estava trocando de roupa.

Ele apareceu na minha frente com sua calça bege e sua camisa social branca.

-Anelise, eu compro algo para você comer na cantina da escola. Só temos que ser rápidos.

Concordei e fiz um coque em meu cabelo.

Observei minhas roupas e notei que não tinha nenhuma roupa para a escola.

-Josia, não tenho nada para vestir.

Ele me Analisou e rapidamente disse.

-vou te emprestar uma calça de moletom que fica curta em mim, sei que não é o ideal, mas temos que ser rápidos.

Ele não esperou resposta imediatamente buscou a calça e me entregou.

-Te espero no carro disse ele.

Eu encostei a porta e coloquei a calça, não tinha ficado horrível.

"Meu All star!" Pensei, mas lembrei que estavam no carro do Harmann.