Enquanto o senhor Harmann pedia algo para comermos percebi que precisava de um banho, me dirigi a ele e disse:
-Eu posso tomar um banho?
Ele me olhou com um olhar curioso.
Era muito estranho ver ele sem os óculos e com aqueles olhos...
-Claro Anelise, tem toalhas limpas no armário, o banheiro fica antes do quarto a direita.
"ok" pensei eu. E vi que minhas roupas estavam sujas.
- Você não teria algo para eu vestir, teria?- Eu estava com vergonha.
Ele sorriu e disse:
-Espere aqui.
Se levantou e sumiu no corredor, mas numa fração de segundos voltou, me deu uma camiseta e uma cueca.
"Uma cueca??"
-Uma cueca?- Disse eu segurando ela.
Ele não esboçou expressão.
-Sim, meus shorts são enormes para você, esta cueca ela é similar a um calção, eu nunca usei. Está nova.
"Não é tão ruim" pensei.
Sem dizer nada segui para o corredor.
Quando adentrei o banheiro senti um aroma de lavanda, o banheiro era bem limpo, chão de vinílico e detalhes brancos, tinha mais suculentas no balcão e na janela do banheiro. Abri o armário e haviam muitas toalhas brancas, peguei uma estendi no box e liguei o chuveiro. Comecei a tirar minha roupa e depois deixei que a água escorresse pelo meu corpo.
Quando sai do banho vesti as roupas do senhor Harmann, aquela camisa tinha aquele cheiro dele que era tão bom, mas me contive e não o inalei por completo.
Sai do banheiro e ele estava encostado na bancada da cozinha, ele ficou me encarando, não conseguia decifra-lo, mas gostava de ver ele sem seus óculos escuros. Seus olhos eram mágicos.
-Anelise.- Ele pigarreou. – Nossa comida chegou, preparei um local para nós na sala.
Ele se afastou da bancada e passou por mim dizendo:
-Eu sabia que ficaria bem em você.
Olhei para a camisa e corei, mas segui ele até a sala.
A sala estava com as luzes do abajur, deixavam bem clara, mas aconchegante.
Os lanches estavam em cima da mesinha de centro e tinha almofadas no tapete para sentarmos.
-Uau.- Disse eu pensando alto.
Ele deu um meio sorriso.
-Fique a vontade querida.
Ele se sentou e eu sentei ao lado dele.
E em silencio ele começou a desembrulhar os hamburgueres, aquele aroma delicioso imediatamente me preencheu, não lembrava que estava há muitas horas sem comer.
-Tudo bem?- Disse o professor me analisando com um olhar curioso.- Fique a vontade, são todos de bacon.
Eu não me conti, peguei o hamburguer com as duas mãos e comecei a devora-los, estava com muitas fome e aquele gosto de bacon, hamburguer, maionese caseira, queijo, presunto, tomate, alface, batata palha...
Parei por um minuto e notei que ele estava me observando com muita curiosidade e sem cerimonias começou a comer seu lanche.
Não sustentei meu olhar por muito tempo, pois meu corpo implorava por mais daquele hamburguer.
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O preço do meu Sangue
General FictionApós um vírus mortal a população recebe a vacinação tão desejada. O que eles Não esperavam é que o governo fazia experiências com DNA, onde alguns lotes são vazados junto com as vacinas e acabam dando poderes a uma parte da população: crianças, jove...