Acordei na manhã seguinte disposta, fiquei por um momento olhando as estrelas que prendi no teto há alguns anos atrás. Abri meu celular tinha umas mensagens de Ale e de minha mãe, havia umas orientações para mim lavar as roupas que ela havia me enviado.
Afastei as cobertas do meu corpo e me levantei, olhei ao redor o dia estava claro, mas com nuvens parecia que ia chover.
Observei meu material escolar na escrivaninha e decidi por mim mesma que não iria a escola.
...
Após lavar a roupa e as louças eu retornei ao meu quarto, já era meio dia...Como a hora voou, botei uma bermudinha e uma camiseta larga. Penteei meus cabelos e o deixei solto.
Olhei pela janela e estava chovendo, liguei o som e coloquei uma de minhas músicas preferidas do Arctic monkeys: Why'd only call me when you're high.
Sem me preocupar cantei junto e rodeei meu quarto para lá e para cá, aumentei mais o volume liguei o led que tinha no teto. Escolhi a cor azul, e continuei me divertindo sozinha.
Era disso que precisava, apenas isso. "Respirar"
Ouvi meu celular tocando. Revirei os olhos, busquei ele em cima da cama e na tela aparecia "Número privado".
-Mas o que?!- Resmunguei indignada.
Suspirei e sentei na cama.
-Alô?- Atendi
-Se não ouvisse música tão alto, diria que conseguiria me atender tranquilamente.
Era ele... Aquela voz fria em um tom debochado que eu detestava, mas que ao mesmo tempo me dava calafrios.
-Eu estou te atendendo sem problemas.- Disse eu sarcasticamente.
Ele riu
-Ah é?!Então por que ainda estou parado em frente a sua porta de entrada?
Meu coração parou, ele estava aqui?! Não, não podia ser real isso.
Caminhei em direção a janela e espiei tentando alcançar a porta, mas não obtive sucesso. Caminhei em direção aos corredores e fui na janela perto da escada.
-Agora me achou.- Disse ele pelo telefone, dando um aceno devagar com a mão.
Eu olhei indignada para aquela cena e desliguei o telefone.
Descendo a escada com passos pesados e raivosos me dirigi para a sala, e fui em direção a porta e abri.
-Bom dia bela adormecida.- Disse ele sorrindo.
-O que o senhor está fazendo aqui?!- Suspirei e lancei meu olhar de indignação a ele. -Meu Deus essa é a minha casa!
Ele colocou a mão nos bolsos e disse:
-Não iria fazer esta pequena visita, mas sua ausência chamou a minha a atenção e a de sua mãe.
-Minha mãe?!-
"Como assim..."
-Bom, eu informei sua falta, ela pediu para mim checar.- Ele abriu os braços.- E cá estou.
Eu bufei.
-Me diga o que quer!
Ele se aproximou.
-Vim passar um tempo aqui, ela me deu umas atividades para fazer, e parece que bancar a sua babá é uma delas.
-Babá?!Eu vou fazer dezoito anos....
-Ela está preocupada, apenas isso Anelise, deixe-me te ajudar.
Meus pensamentos navegaram, não faz nenhum sentido.
-Você vai dizer a ela que está tudo bem.- disse eu firmemente. Só queria que ele fosse embora.
-Anelise Anelise, você não entende. Você só está na sua casa e na sua cidade por minha causa.
-O que?!- Me afastei dele tentando me encostar na parede.
Ele se aproximou mais.
-Sua mãe Anelise, queria te enviar para a fazenda com seu pai e seus avós. Os pai de Alexa não aceitaram você ficar lá, ela quer que você frequente a escola e fique bem. Então em vez de te realojar em um município adjacente ela apenas pediu a minha ajuda.-
Minha garganta se fechou, cerrei os punhos e me senti fraca. Impotente...
-Você está...- Engoli o choro- Você está mentindo...
Estava ,e sentindo tonta...
-Anelise, eu não...- Ele correu em minha direção. – Anelise!
Foi a última coisa que ouvi, e tinha visto o teto com o lustre da sala.
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O preço do meu Sangue
General FictionApós um vírus mortal a população recebe a vacinação tão desejada. O que eles Não esperavam é que o governo fazia experiências com DNA, onde alguns lotes são vazados junto com as vacinas e acabam dando poderes a uma parte da população: crianças, jove...