9. A paz nunca dura em Southwestern

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• Hanna •

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• Hanna •

Elizabeth estava paralisada. Eu não sabia que a trégua não se estendia ao toque, e claramente ela não estava de boa o suficiente comigo para aceitar esse tipo de coisa. Foi quando percebi que talvez jamais seríamos amigas. Ela estava ali por um motivo, e eu também. Era claro. Então apenas assenti e caminhei para longe. Eu podia beber em outro lugar do bar, já que minha presença a incomodava tanto.

Dessa vez Elizabeth nem tentou me impedir, e de canto de olho, observei ela se virar no banquinho e pedir outra cerveja, ou um drink super montado, que fazia mais seu estilo. Eu não queria deixar que isso estragasse minha noite, tinha vindo para me divertir, e riscar mais um item da lista. Tirei uma selfie e mandei para Olivia, me gabando que tinha conseguido criar coragem para invadir. Queria ser uma dessas pessoas que curte a própria companhia em um bar, mas estava sentindo falta de Bruna. Alguém para conversar. Eu deveria ter aceitado sair com Ethan ao invés de Elizabeth. Onde eu estava com a cabeça? A gente não se gosta, nunca vamos nos dar bem, não importa o quanto eu tente.

– Posso te pagar uma bebida? – Um cara surge atrás de mim, alto, moreno, com um sotaque carregado.

Ainda estou encarando Elizabeth do outro lado, virando uma garrafa toda de uma vez. Ela se levanta e começa a andar em direção ao bolo de pessoas na pista. Deve ter fisgado alguém. Não sei porque isso me incomoda.

– Ahm, não, obrigada, já estou de saída. Tenha uma boa noite.

– Qual é, gatinha, você acabou de chegar – O homem se aproxima mais, e coloca a mão na minha cintura. O ato me incomoda um pouco, e tento me afastar, mas não dá muito certo, porque ele entra no espaço entre os bancos e me encurrala – Você está aqui sozinha, não me diga que não veio com segundas intenções.

– Ela já falou que não quer – O barman se inclina sobre o balcão e só assim o cara vai embora.

– Obrigada – Sussurro.

– Tudo bem – Ele dá de ombros – Você é nova nesse lance, né?

– Um pouco – Sorrio e peço uma última cerveja antes de sair do bar e tentar achar a saída.

Estou prestes a chamar um uber, louca para ir embora, enquanto ainda procuro o sinal luminoso que vai me levar para fora. Está tão cheio, e estou tão nervosa que começo a respirar mais rápido. De repente as luzes começam a me cegar demais, e a música faz meus ossos tremerem. Eu nunca vim a uma balada antes, muito menos sozinha. Ansiedade, estou tendo uma crise de ansiedade.

– Vocês tem um monte de lugares para ir, com seus arco-íris, e ainda sim vêm ficar se amostrando aqui – Ouço um cara dizer atrás de mim e me viro. Ele está falando com Elizabeth, que está encolhida na parede, presa – Aqui não é o seu lugar!

– Engraçado, não me lembro de ter pedido a sua opinião – Ela está fazendo aquela pose de durona de novo, mas suas mãos estão tremendo.

– Elizabeth! – Chamo e me aproximo – O que está acontecendo aqui?

Até que te encontrei (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora