25. Nem a muralha da China segura essa

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• Hanna •

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• Hanna •

– Aster – Cruzo os braços – Como está?

– Bem. Uau, você está linda, Conrad, como sempre.

Por reflexo, olhei para baixo, para minhas próprias roupas. O vestido branco que estava escondido dentro do guarda-roupa, e os coturnos da mesma cor que Olívia tinha me emprestado. O vestido que mostrava uma boa parte das minhas costas era consideravelmente curto. Eu estava sim, bem bonita. Mas como infelizmente o elogio não veio de quem eu realmente ouvir, aceitei de Aster. Ela estava vestida como sempre foi. Uma calça jeans bem larga, tênis jordan branco, meio sujos, ela dizia que a sujeira dos tênis eram suas histórias, e nunca se empenhava muito em lavar. Estava usando um cropped e um casaco masculino, também bastante largo.

E claro, Aster era absurdamente linda. Ela era o tipo de pessoa que todo mundo queria ser amiga no colégio, enquanto estava no último ano e eu no primeiro. É assumida desde que a conheço. Ela é o completo oposto de Lizzie em questão de estilo, porque a garota que eu amo gosta de saias, suéteres e tênis limpos. Mas são destemidas da mesma forma, e nunca, jamais, fogem de uma boa discussão. Acho que eu tenho um tipo.

– Obrigada. Você também, como sempre – Devolvo o elogio e bebo mais um gole da garrafa de origem duvidosa na minha mão.

– Ouvi dizer que está estudando em um internato. Por que seu pai te mandou pra lá? Você aprontou?

– Na verdade eu tive que convencê-lo a me deixar ir. Gosto de lá. Estou atrás da minha grande aventura – E de repente estou contando sobre como fiz minha mala e me mudei para o sul da inglaterra por vontade própria. Sempre foi fácil conversar com Aster, ela consegue extrair qualquer informação de qualquer pessoa. Tem algo nos olhos dela, talvez um super poder. Queria ter isso, teria sido útil no dia em que Elizabeth terminou comigo – Bom, tem sido legal.

Já estamos sentadas em cima do balcão, Bruna deu o fora, assim como Liv e Benji. O que eu nem vi acontecendo. A casa está cada vez mais cheia, toda vez que olho para a porta, tem alguém chegando. O ar está começando a ficar muito quente, abafado, e eu começo a suar. Me jogo para frente para descer do balcão e Aster faz a mesma coisa, caindo bem na minha frente.

Seu rosto está tão próximo ao meu que eu esqueço como se respira calmamente. Pareço estar debaixo d'água, ouvindo tudo distante e respirando com dificuldade. Áster me olha diretamente nos olhos, e essa intimidade toda me deixa de pernas bambas. Ele também está respirando ofegante, mas deve ser apenas pela falta de ar circulando aqui dentro, o calor e a agitação em que estávamos. Deve ser só isso.

– Quer ir lá pra fora? – Ela pergunta.

– Quero, urgente.

– Ok – Aster ri e segura minha mão. Estou bêbada demais para protestar, e a quentura de pele nem se compara aos arrepios que Lizzie costumava gerar em mim – Tá namorando?

Até que te encontrei (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora