• Epílogo•

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Cinco anos depois• Hanna •

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Cinco anos depois
• Hanna •

E: Cheguei. Já está aqui?

Ah merda.

H: Chegando.

Ela não precisa saber que ainda nem saí do trabalho. Joguei tudo o que estava em cima da minha mesa para dentro da bolsa. Revistas, canetas, meu bloco de notas e o notebook. John, o pequeno cacto que Elizabeth me deu, quase caiu para dentro também, mas consegui segura-lo a tempo. Tenho tentado não matar a planta desde o dia em que ganhei, mas não tem sido uma tarefa fácil. Se não fosse por Adam me lembrando de rega-lo as vezes o coitado já teria virado poeira.

O outro redator júnior que trabalhava comigo para o LA Times riu da minha correria, e eu peguei uma bolinha de papel amassada no lixo para acertar sua nuca. Adam riu um pouco mais, mas eu não tinha tempo, tinha que correr. Eu podia descontar os comentários na segunda.

E: Posso pedir um carro, não tem problema.
H: Estou chegando!

Enfio o celular na bolsa e a transpasso pelo ombro, já pegando o capacete e o fechando sob o queixo. A cidade lá fora já está explodindo de luzes de bares e semáforos. Não acredito que já anoiteceu.

O trânsito de Los Angeles está um inferno, mas por sorte posso costurar entre os carros para chegar ao aeroporto a tempo. Aprender a pilotar moto foi um dos primeiros itens da nova lista que risquei. E certamente foi a aventura que Elizabeth menos gostou, mas ela teve que concordar que acabou sendo muito útil no horário de pico da lotada Los Angeles, exceto quando chove.

O aeroporto está bem cheio, mas não preciso entrar muito para procurar por Lizzie, pois a avisto tomando café em um bistrô do lado de fora, com um livro na mão, provavelmente um clássico, provavelmente prevendo meu atraso. O cabelo essa semana está liso, e ela usa uma tiara azul simples que combina com o casaco longo de cashmere.

Não quero chamá-la ainda, pois gosto de ficar observando-a, mas Lizzie levanta a cabeça para me procurar, e abre um sorriso quando me vê. Eu aceno timidamente. Ela não demora muito para jogar o copo de isopor no lixo e correr ao meu encontro, apertando os braços ao redor da minha cintura.

– Eu não te mandei o itinerário?

– Mandou – Alisei seus braços – Mas eu...

– Perdeu a hora – Elizabeth ri, já acostumada com o quanto perco a noção do tempo quando estou no escritório – Nunca conheci ninguém que goste tanto de trabalhar como você. Aliás... Uau. Alguém já te falou que você fica muito sexy de jaqueta de couro?

– Você, toda vez – Rio e entrego à Elizabeth o capacete extra para que ela suba na moto atrás de mim e segure minha cintura – Como seu pai está?

– Mais ou menos. Ele tem dias bons e dias ruins. Ontem foi um dia ruim.

– Sinto muito – Ergo sua mão para depositar um beijo suave na pele fina do seu pulso, para só então dar partida na moto e sair.

Até que te encontrei (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora