17. Felicidade eufórica

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• Hanna •

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• Hanna •

Eu tentei resistir, mas a verdade era a seguinte: Eu era um cubo de gelo tentando enfrentar o calor do sol. Era impossível. Então em vez disso, derreti. Eu estava no meio do furacão que é Elizabeth Taylor, e não havia lugar mais incrível no mundo para estar agora. O problema é que no começo de um relacionamento, tudo é emocionante e novo. Parece que nada pode nos magoar. E, gradualmente, você percebe que, na verdade, qualquer coisa pode te magoar.

Fomos correndo para o quarto, de mãos dadas. Elizabeth me puxando e rindo como nunca tinha visto. Deixamos o sorvete e o chocolate para trás, e aposto que Kelly vai tirar a minha chave depois dessa, mas eu estava feliz demais para ligar para algo do tipo. Também não ligo se vamos acordar metade das garotas quando passamos pelas suas portas, eufóricas.

– Por que demoramos tanto? – Pergunto quando chegamos – Na verdade eu já sei, você vicia me deixando confusa – Paramos bem no meio do quarto, e ficamos sem nos mover. Era estranho. Beijar Lizzie era muito mais do que eu tinha fantasiado por semanas, e agora lá estava ela, se provando, como sempre, ser muito melhor que a expectativa. Olhei bem fundo nos olhos dela, e cheguei mais perto. Um passo.

– Não mesmo – Ela também andou um passinho.

– Ah não? E aquela vez em que você ficava insistindo que éramos amigas? Podia ter falado logo a verdade – Mais um.

– Bom, eu falei a verdade, e aí você...

– Águas passadas – Eu sorri, mais próxima dela agora – Me beije.

Houve um lampejo de surpresa com a brusquidão do pedido, mas foi rápido. Ela foi rápida em me puxar para seu colo de novo, agora em sua cama. Nunca sequer encostei na cama de Elizabeth, parecia algo sagrado e perigoso demais, e eu vivia com medo de acordar com chiclete no cabelo. O cheiro do lençol dela era divino, o mesmo aroma doce e exclusivo que sempre emana dela. Lizzie segurou meu rosto e me beijou.

– Mais forte – Sussurrei, me pressionando contra ela, mergulhando na boca dela com a minha língua. Passo a ponta pelos lábios dela, devagar, fazendo com que ela arqueasse para trás de surpresa e desejo. Mordisquei seu lábio inferior, e ela passou as mãos por meu cabelo, juntando um punhado dele, ofegando na minha boca.

– Hanna, isso vai ficar... fora de controle... muito rápido – Ela disse.

Engulo em seco e dou um passo para trás.

– Meu Deus, você tem razão, isso foi tão... impróprio, eu... – Balanço a cabeça, agora de pé em sua frente – Eu só to animada. Exagerei né? Eu não queria que achasse que...

– Cala a boca – Elizabeth me puxou novamente, e caímos juntas na cama, deitadas, uma de frente pra outra – Não foi impróprio. Foi muito, muito bom. Mas precisamos conversar. Sobre como essa... dinâmica vai funcionar – Ela passa o dedo indicador pela minha testa, depois pelo meu nariz, e por último pela minha boca. O pensamento racional estava ameaçando me abandonar de novo – Praticamente moramos juntas, não quero ir rápido demais, quero curtir você primeiro. Eu dei um trabalhão pra te ganhar.

Até que te encontrei (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora