2. Portas abertas

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• Hanna •

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• Hanna •

Mais um escândalo em Liverpool, desta vez envolvendo um coquetel, mas as mesmas pessoas do último que vi. Gente rica não tem mesmo mais o que fazer da vida.

Alguém está me chamando. Ah, é claro, o primeiro item da minha lista de ciclos a fechar antes de ir para Southwestern. Ainda nem acredito que passei, que estou realmente embarcando nessa loucura. Meu primeiro item é Benjamin. Tenho que terminar com ele.

Eu sei, parece horrível terminar um namoro só porque vou estudar em outro lugar. Mas esse outro lugar fica a quase quatro horas de distância. E lembra quando disse que não tinha histórias? Namoro com ele desde os quinze anos. Benjamin e eu somos vizinhos e melhores amigos, então o conheço desde que me entendo por gente. Não me lembro de fato quando começamos a gostar de verdade um do outro. Descobri que era bissexual quando já estávamos namorando, e o fato de o nosso relacionamento ser bem aberto a conversa, fizemos funcionar. Nunca o traí, mas ele me encorajou a me descobrir antes de voltarmos a ficarmos juntos. O que era ótimo, pois eu tinha liberdade para falar qualquer coisa com Benji. E tornou nosso término um pouco mais fácil.

Eu queria uma aventura, e não ia conseguir uma presa ao meu namorado mais do que confortável.

– Brighton? – Ele pergunta de braços cruzados, andando em círculos pelo meu quarto depois do jantar aqui em casa – Como vamos manter um relacionamento à distância? Achei que ainda teríamos um ano para pensar nessas coisas.

– Bom... – Abro um sorriso sem graça, deixando o celular de lado – Quero me descobrir sozinha, então estou... terminando com você. De novo.

Benji era um dos caras mais lindos que já vi. Ele tinha enormes olhos azuis e cabelos bem pretos, um contraste interessante com a pele clara. Dentes perfeitos e corpo atlético. Quando éramos crianças e tive uma queda por ele, Benjamin ainda era rechonchudo e mais baixo que eu. Agora as garotas da nossa escola queriam andar com ele o tempo todo. Mas não importa o quanto eu tentasse, ainda o via apenas como meu melhor amigo.

– O que precisa descobrir que ainda já não saiba?

– Bom, não sei, acho que vou saber na hora – Dei de ombros e me aproximei dele – Vamos, vai ser bom. Não está nem um pouco curioso sobre a vida de solteiro?

– Não – Benji me abraça sorrindo – Gosto da gente. Fiz muitos planos para o nosso último ano, Han.

– Desculpa? – Tento.

– Eu te odeio – Ele ri.

– Boa noite, Hanna! – Meu pai grita lá de baixo e eu suspiro jogando a cabeça para trás – Juizo, Benjamin!

– Sim, senhor Conrad! – Benji grita de volta e nós rimos quando as luzes são apagadas – O que ele acha disso?

– Não gostou muito da ideia de ficar sozinho, mas me apoiou – Suas mãos sobem e descem pelos meus braços, e estou quase desistindo da ideia só pela distração de seu toque.

Até que te encontrei (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora