Oii elefantinhos, como estão?
Dessa vez demorei só mais um pouquinho que um mês, acho que to perdoada hahahah
Desculpem se tiver muitos erros, eu sempre faço a última correção com um pouquinho na pressa, então perdoem qualquer coisa. Como eu tinha marcado com vocês a atualização pelo twitter pra hoje, eu acabei que esquecendo que tinha umas cenas que estavam sem marcação e quando eu tiver um tempinho eu venho aqui colocar as marcações de palavras.
Tem um avisinho sobre o próximo capítulo nas notas finais, vejo vocês lá!
⚠️ +18 contém cenas explícitas.
P.O.V PINTOR
[...]25 de outubro, 1992.
O pesar das minhas pálpebras enquanto se abriam faziam doer quase todos os ossos do meu corpo. O gatinho cinza, quase da cor do céu dessa manhã, se espreguiçava confortavelmente no meio da minha cama entre as minhas pernas, e eu o observava m silêncio enquanto tomava qualquer mínima coragem para levantar e levar o dia. As lágrimas que me fizeram companhia pela madrugada, tornaram-se remelas grandes e doloridas, e eu não tinha qualquer intenção de manter meus olhos abertos. Vazio, o cenário do meu quarto era preto e branco, não havia nada.
O silêncio, ensurdecedor. Suspirei algumas vezes antes de colocar meus pés para fora da cama e por fim levantar todo o meu corpo dali, caminhei em passos lentos até o meu banheiro, e lavei o rosto sem qualquer pressa. Fitei minha imagem pelo espelho, reparei bolsas de inchaço e olheiras abaixo dos meus olhos, e meu cabelo muito maior do que um dia já tive. Não que estivesse ruim, apenas não entendia o porque de ainda não o ter cortado. Hoje em específico, parecia que eu tinha acabado de sair de um sono longo, com sonhos felizes e cores bonitas. A única coisa que realmente me fazia entender o que era real, era um gatinho preguiçoso que me acompanhava de olhos fechados por todo o meu apartamento, bocejando a cada passo que dávamos juntos.
Ele me fazia compreender que nada foi apenas um sonho, que eu vivi por todos esses meses, mesmo que agora tudo parecesse um pouco incongruente, ou pelo menos era isso que agora no fundo eu desejava que fosse, apenas algo surreal, e acreditar nisso, talvez não me causasse tanta mágoa. Não vou dizer que não doía quando eu olhava para o gatinho, doía sim, me fazia lembrar de tudo e mesmo assim, eu conseguia sorrir, verdadeiramente feliz por ter aquela bolinha de pelos ali comigo. Dizem que os gatos têm uma enorme paciência com as limitações da mente humana, eles são sensitivos, deitam eventualmente ao nosso lado quando nem se quer sabemos que estamos com dor. E hoje, ele é a minha maior companhia, e o quentinho do seu pelo acaba aliviando e aquecendo o meu coração partido.
Faziam alguns minutos que eu estava de pé de frente para o balcão da cozinha, observando em silêncio o meu o café passar, apenas o som do líquido filtrando era ouvido. Um bolo se formava em minha garganta sem qualquer permissão para isso, um choro teimoso e alto batia na porta, e tentava ignorar qualquer batida. Pensava o quão fraco eu poderia ser agora, o quão tolo eu seria se me entregasse mais uma vez á dor. Mas tenho que dizer a verdade, e houve uma evolução nesse tipo de processo, depois de ter passado duas noites em claro esperando alguma coisa acontecer, eu finalmente dormi nessa noite. No meio de um choro sufocante e doloroso, mas dormi, e eu chamo isso de uma puta evolução. Mesmo que eu tenha apagado no meio do meu caos emocional, assim como uma criança acaba dormindo depois de chorar por horas fazendo uma mal-criação boba. No meu caso, precisei de quase três dias para realmente cair no sono, mas deixamos esses pequenos detalhes pra lá.
A chuva grossa que caía lá fora era barulhenta e um pouco irritante para os meus ouvidos, eu me arrumava lentamente para finalmente ir para a aula. Procurava não observar muitas coisas dali, nem pensar demais. Era suficiente ignorar tudo por hoje, tudo que eu não consegui ignorar ontem, ou anteontem. No entanto, eu respirava fundo algumas vezes evitando pensamentos específicos e mesmo que com certa dificuldade, tentava me manter positivo apesar de tudo.
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Entre Telas e Guitarras [KTH + JJK]
FanfictionTaekook | Retrô | Lemon | Romance | Drama | O ano é 1992. O rock dos anos 70 e 80 domina a indústria musical e midiática, enquanto os CDs começam a substituir os discos de vinil e as fitas cassete. Kim Taehyung, um estudante de música com cabelos ve...