Oi elefantinhos, como estão?
Espero que estejam gostando da fic e não esqueçam de comentar e votar!
Boa leitura!
[...]
As últimas palavras do garoto para mim soaram como uma observação profissional, isso é um fato. Ele manteve o olhar concentrado nos meus e eu jurei nunca ter visto tamanha intimidação em minha vida. Eu já devo ter citado que seus olhos eram grandes, e bonitos também. Eram negros e pareciam brilhar o tempo inteiro, desde mais cedo quando eles cruzaram com os meus.
Mas ainda que os olhos negros queiram dizer alguma coisa, sua boca parece não conseguir proferir o que de fato ele quer, e por isso estou com uma cara de tacho nesse exato momento, sem desviar meus olhos do dele, em completa confusão.
—Eu não entendo o quer dizer. —Coço a garganta e cruzo os braços. —Quero dizer...obrigado?—O garoto não se movia e parecia não querer dizer nada. —Olha, eu não quero ser um babaca com você, ta legal? Mas...teria como você ser mais específico? —Perguntei, realmente curioso.
Ok, observando a situação ao meu redor, eu talvez consiga presumir o que está acontecendo. O pintor parece estar encantado comigo. Deve ser isso, porque em que realidade é possível alguém conter tanto as palavras?
—Desculpe se estou parecendo rude, ou algo assim, eu só....—Ele finalmente desviou o olhar.—Estou...Encantado. —Agora foi a vez dele de cruzar os braços. —Não quero que se sinta intimidado, ou pense que estou flertando com você...—A voz era melodiosa e baixa, sem alterações de sons.
Eu solto um riso fraco pensando que talvez eu tivesse matado a charada, e pensando bem? Acho que o garoto é mais transparente do que aparentou ser em sei lá quantos minutos que estamos aqui.
—E bom...é...—Ele disse e coçou a nunca, parecendo agora um pouco mais nervoso que antes. —Não vou mais tomar o seu tempo, desculpe se atrapalhei. Na realidade eu vim até aqui num ímpeto, juro que não foi para incomodar...Mas, resumidamente eu gostaria de te convidar para ser uma de minhas musas.
—Mu...O que? —Eu disse um pouco incrédulo, e ignorante também. Eu até sei o que são as musas, mas honestamente nunca precisei de uma pra fazer a minha arte...Ainda. —Tipo, aquelas ou aqueles que ficam parados enquanto um pintor faz o trabalho lá na tela?
—Musa. —Ele concluiu e sorriu gentil. —Acho da pra resumir assim. —Ele disse simples. —Eu vou entender se não aceitar. Aliás, você parece ter bastante trabalho com a banda. —Eu assenti. —Mas vou deixar meu número com você, você tem uma caneta? —Ele disse tirando um papel rasgado do bolso grande. Eu assenti procurando a minha mochila e entregando o objeto em seguida.
Ele apoiou o papel no banco que eu costumo cantar e escreveu rápido seu número ali, logo me entregando junto com a caneta.
—Eu vou ser honesto...—Eu disse observando o número no papel. —Você me pegou de surpresa. —Fitei os olhos dele novamente e me apoiei no banco atrás de mim. —Mas eu não sei se posso aceitar, entende? Digo, eu tenho a banda e também não me vejo parado por muito tempo e e nem em lugares com pouco barulho...Mas...—Eu suspirei. —Se eu aceitasse, eu teria algo em troca?
O garoto sorriu largo e eu franzi o cenho.
—Eu vou conversar com a agência onde eu tento trabalhar, e sim...Você ganhará uma grana pra ficar parado na minha frente. —O bonitinho era direto até demais.
Eu cocei o queixo, ponderando.
—De qualquer forma, eu não posso te confirmar. —Eu disse, e era verdade. —Eu tenho outros assuntos e bom, eu-
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Entre Telas e Guitarras [KTH + JJK]
FanfictionTaekook | Retrô | Lemon | Romance | Drama | O ano é 1992. O rock dos anos 70 e 80 domina a indústria musical e midiática, enquanto os CDs começam a substituir os discos de vinil e as fitas cassete. Kim Taehyung, um estudante de música com cabelos ve...