[n/a: leiam as notas finais]
Estava sozinhe na sala de química, no lugar em que costumava sentar, pensando se realmente iria fazer aquilo...
Ah... Todos vão contra os seus princípios quando estão meio desesperados, não é? Tipo, eu aposto que todo mundo já fez algo muito ruim na vida... mesmo que esse algo ruim seja... chantagear alguém por um interesse infantil e egoísta... e ameaçar expor um segredo que...
Mas! Mas... ele não é uma pessoa boa, não pode sair impune assim! Mesmo que eu esteja errade, ele não está certo também. Ele não...
Será que isso me faz ser uma pessoa ruim? Quer dizer... ele é só um adolescente, né? Adolescentes fazem coisas idiotas as vezes, quem sou eu pra decidir quem é certo e errado? Eu nem sei a história toda...
Só que... Eu só tenho 3 semanas pra arrumar gente pra entrar no meu clube. Coisa que eu não consegui fazer em um ano...
Quando estava me afundando cada vez mais em pensamentos conflitantes, a sala foi invadida por sons de passos.
Era o senhor perfeito. Sim. O dono dos meus pensamentos.
Dos meus pensamentos ruins, ok?
Só tínhamos nós dois na sala, o que me fez estranhar. Olhei para a hora no celular – que por um milagre ainda estava funcionando –, e faltavam 15 minutos para a aula começar. Eu acho que aquele sinal que escutamos quando estávamos no clube era de aviso, ou sei lá?
Sei lá, estava muito nervose para pensar nisso.
Apesar de estar brave e ansiose, eu sorri forçadamente quando ele entrou na sala, sei lá, só porque era costume ser puxa-saco. E o desgraçado nem olhou na minha cara.
Revirei os olhos e ele sentou ao meu lado, ainda não olhando para mim. Estava lendo algum livro que eu não me importava o suficiente para saber qual.
Fiquei em silêncio observando seu rosto. Sua pele estava pálida e parecia que não tinha dormido direito, estava péssimo. E agora que eu reparei direito, ele tinha um leve cheiro de substâncias não permitidas no nosso país. Será que ele sempre cheirou assim? Ou era coisa da minha cabeça?
— Por que está me cheirando, esquisito? – a sua voz quebrou o silêncio que tinha entre nós, me assustando pra caralho. Dei um pulo na cadeira e fiquei estatico por um instante, até perceber que ele estava falando comigo. Olhando pra mim.
Odiava quando as pessoas olhavam pra mim do jeito que ele estava olhando. Era constrangedor. E eu me sentia sujo.
Ah. E, olha que maravilha, meu gênero acabou de fluir.
— Eu não estava te cheirando. E eu não sou esquisito. – finalmente respondi.
Ele só murmurou alguma coisa, que deveria ser algum xingamento ou sei lá.
E, olha, não me levem a mal. Mas eu sou uma pessoa BASTANTE impulsiva.
Todo e qualquer receio que eu tinha de expor o Sr. Perfeição e Borboletas, naquele instante evaporou do meu corpo.
Eu conseguia sentir minhas bochechas ficando vermelhas de raiva.
— Ah.. ok, eu vou ser direto. – sorri sarcástico — Que cheiro estranho no seu colete hoje, Lee... – aproximei minha cadeira da dele, para sussurrar — Parece de alguma planta... mas eu realmente não consigo distinguir qual...
Seu olhar sobre mim mudou. De arrogante para assustado.
Era assim que eu gostava.
— Do que está falando? – afastou a sua cadeira.
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Dandelions ❀ - MINSUNG.
FanficOnde Jisung só precisava de verba para manter seu clube de HQs e mangás funcionando, mas isso dependia de uma pessoa: Lee Minho. O cara misterioso que parecia odiar todos da escola, e, de bônus: o vice-presidente do grêmio estudantil. [genderfluid¡J...