Fui à falência

405 48 37
                                    

Narrado por Liam Dunbar

— Tente novamente por favor — peço para a atendente da cafeteria.

— Sinto muito, mas seu cartão está sem saldo o suficiente — bufo tentando me controlar.

— Esse cartão tem saldo sim! Passa... — Malia me interrompe.

— Aqui — entrega algumas notas de cem para a mulher.

"— Ficamos com isso aqui também!" — Pega uma caixa de bombons e sai.

— Moça! Moça! Aqui tem mais que o dobro do valor da compra!

— Considere uma gorjeta — Stiles pisca pegando alguns dos cafés e eu tento empilhar os demais líquidos.

— Como meu cartão ficou sem saldo? Meus pais depositaram uma quantia enorme dois dias atrás! —Entrego os cafés para Malia e ligo o carro.

— Theo pagou as comidas de hoje com ele — encaro a coyote.

— Está brincando, né? Ele nem sabe minha senha!

— Ela não está, ele realmente fez isso, ficou com raiva porque você desmaiou e falou para as crianças pegarem seu cartão. Elas devem saber a senha — Stiles dá de ombro.

— Meus pais vão ficar fora por dois meses! Eu vou matar aquela quimera estúpida!

— Faz ele pagar suas despesas desses dois meses. Ele tem dinheiro.

— Como você sabe disso? — Stiles estreita os olhos em direção a Malia.

— Peter paga para ele o mesmo valor de mesada que paga para mim, e Derek também dá dinheiro para ele. Como os dois estão sempre competindo sobre quem o Theo considera como pai, eu imagino que o Derek de um valor igual ou maior. Então, vai por mim o Theo tem dinheiro.

— Quando foi que ficou tão boa em dedução? — Questiono.

Malia não é boa observando pessoas, ou notando coisas ao seu redor, como raios ela chegou a essa dedução?

— Passo tempo demais com meu melhor amigo, que é o melhor detetive. Aprendi alguns truques — pelo retrovisor vejo os dois trocarem sorrisos cúmplices.

— Vocês são estranhos — concluo.

— Estranho é você que acusa odiar o Theo e fala que vai matá-lo por ele ter gastado seu dinheiro, mas ainda assim o carro está quase parando porque não quer derramar os cafés dele — olho indignado para o humano.

— Como ousa me acusar de me importar com ele? Estou andando devagar porque não quero derrubar o meu café!

— Você nem comprou um café para você! Os únicos cafés aqui são os seis diferentes frappuccinos do ex-maníaco! Que eu lembro muito bem de você só ter comprado todos os sabores, porque não conseguiu se decidir!

— Claro que não! Eles são meus e da Lydia, ela ama os frappuccinos da loja — contra fatos não há argumentos.

— Vou experimentar eles então, a Lydia não vai se importar — se aproxima do canudo. Droga!

— Não! São do Theo eu admito! Não encosta a boca neles por favor — contra fatos há ameaças.

"— Eu falei que ele era apenas a babá dos nossos filhos. Os frappuccinos são o mínimo" — tento explicar o meu lado.

— Que lindo! Ele fala "nossos filhos" — reviro os olhos diante da provocação. Os outros dois riem.

— Eu não estou jogando na sua cara que tu casou com o Derek então sai do meu pé. E você casou com duas pessoas! Duas! Não tem nenhum direito de querer se meter no meu casamento — viro a esquina que dá no loft. Finalmente!

Um pulo no passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora