Melissa
Incógnito
Do latim incognitu. Com o prefixo in que indica negação e cognitus que significa algo que se conhece.
Significado:
Desconhecido que não se sabe nem se tem conhecimento sobre.
Que não se quer dar a conhecer.
Nunca explorado; que nunca foi descoberto, ou conhecido.
Na minha vida havia muita coisa não explorada, comprovei isso ao fazer amizade com Ayo, brincar intimamente com ele, o que me levou a despertar no seu quarto e conhecer seu ignoto pai.
Pai?
Como assim pai?
Chase não aparentava ter mais de trinta anos. Será que a lei permitia alguém tão jovem adotar uma criança? Perguntei-me seguindo o homem pelo corredor.
Logicamente que sim, e se a lei não permitisse, ele adotaria mesmo assim, gente rica está em outro patamar, foi o que pensei ao entrar no quarto do Lulu, isso mesmo, no quarto do Lulu.
Chase me mostrou os produtos de higiene do cão, e eram muitos, de todas as marcas e aromas diferentes.
Procurei, e rapidamente encontrei um shampoo antirresíduos, levei o cão ao seu banheiro particular e o coloquei na banheira.
Chase abriu a torneira, sentou-se no chão, e enquanto a banheira enchia, ele brincou com a água. Já eu, comecei a banhar o cachorro e simultaneamente o contive para não avançar no sujeito esparramado no piso do banheiro.
— Cara, quantos anos você tem, hein? Deus, isso só pode ser implicância! O cachorro é pequeno, mas faz bagunça, e estou me molhando toda! — Pensei lançando-lhe um olhar reprovador.
— Tenho trinta e três anos. E não se preocupe com sua roupa, depois te empresto algo da minha mãe. — Soltei o cachorro na banheira ao perceber que comentara em voz alta.
— Segura o cachorro, seu babaca! — praticamente rosnei, assim como o cão fazia para um Chase que parecia se borrar de medo de um Lulu da Pomerânia.
— Estou segurando, você não vê que ele é possuído — justificou-se, e fez o que eu jamais pensei que faria.
Rosnou para o cachorro também, em seguida gargalhou.
— Preciso ir embora — avisei. — Meu dia não foi bom, estou na casa de um desconhecido tentando ajudá-lo, mas ele não deixa, sem contar que desmaiei... Estou esgotada. Então, por favor me dê o cachorro, preciso lavá-lo — supliquei me achegando para pegar o animal.
— Após você dar banho no Lulu, te levarei para casa. O ataque de pânico causou seu esgotamento, mas você está bem, eu te examinei. Ataques de pânico não levam a morte, você sabe disso, não é? — Assenti com a cabeça, mas não cedi a sua explicação.
— Você é médico? Qual sua especialização? — questionei com uma dosagem de desdém.
Movi-me para pegar o cachorro, e ele se agitou. Chase tentou contê-lo, e eu fiz o mesmo, no entanto, a agitação foi tanta que o cãozinho caiu na banheira. Meus joelhos escorregaram no piso liso e molhado, Chase tentou me segurar, mas também escorregou, e eu caí por cima dele.
— Você está bem, Maconheira?
Corei de vergonha, e fiquei mais tempo que o necessário de cara no seu peitoral, não pelo constrangimento, e sim porque o homem tinha cheiro de grama, suor, perfume amadeirado, canela e pasta de amendoim.
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No Próximo Verão (Duologia Romance de Verão)
Roman d'amourCapa feita por : @MariaFermanda673 DISPONÍVEL ATÉ 15/11/2024 O amor para os Fitzgerald chega no verão. Esse era o slogan que a sua mãe, tio e tia, repetiam em todas as oportunidades. No entanto, Melissa não esperava que algo semelhante lhe acontece...