Capítulo 23 - Escolha

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Horas depois...

Acordo com a visão um pouco embasada, e percebo que Jake estava ao meu lado, dormindo. Levanto-me da cama, e vou direto à cozinha preparar um café.

Enquanto preparo o meu café da manhã, e deixo a água ferver, vou até o quarto e pego meu celular. Suspiro aliviada por ninguém ter descoberto sobre minha família. Jake jamais iria compreender que eu não sou igual meu pai. E isso, de qualquer maneira, me assusta, pois não quero perdê-lo.

[Quebra de tempo]

Depois de tomar meu café e tomar um banho, resolvo dar uma caminhada pelas redondezas. Deixo um recado para Jake, e simplesmente saio. E enquanto estava nas ruas, percebo algo estranho em um parque que estava próximo à mim.

Duas crianças estavam implicando com uma pobre garotinha loira de olhos castanhos e a pequena se encolhia, diante das meninas que a implicavam. As duas eram morenas e pelas roupas, pareciam as famosas "riquinhas".

—Se quiser andar com a gente, a primeira coisa que você vai ter que fazer é ser rica!—Diz debochando e rindo uma das morenas.

—Esqueceu, Bridgitta? Ela não é rica.—Após dizer isso, a outra morena fica rindo mais e mais, e as duas debocham da pequena loira.

Tive que me meter nessa briga infantil, e apareci diante das três crianças. A loirinha, encolhida e mais pálida ainda, me olha assustada. As duas morenas implicantes, me olham confusas.

—Olá, pequenas! Sabiam que tudo que vocês falam, estão magoando essa linda menina aqui?—Pergunto apontando para a loira.

—E quem é você para dizer isso?—Bridgitta pergunta com asneira e deboche.

—Eu sou uma bela moça que tem consciência e senso. Já vocês duas? São duas pobres crianças, que se acham ricas, sendo que é o papai e a mamãe de vocês, que bancam tudo o que vocês têm. Mas, o que aconteceria, se esse dinheiro todo acabasse?Oh...Vocês ficam pobres, mas do que já são, não é?—Pergunto, cruzando meus braços, com um sorriso intimidador.Meninas, prestem atenção: Quem é pobre, não é a pessoa que tem menos dinheiro. E sim, a pessoa que não tem caráter. E se vocês duas, continuarem assim, ninguém vai gostar de vocês. Só vão gostar da fortuna que seus pais têm...Mas, como eu disse, se esse dinheiro acabar, ninguém mais vai querer saber da vida de vocês.—Respiro fundo e volto a falar.Não conheço vocês. Mas se logo vê-las na rua, mais uma vez, aterrorizando e implicando com alguma criança de novo, a titia aqui, vai ficar muito feliz em contar isso para os pais de vocês. Estamos entendidas?!—Pergunto, aumentando meu tom de voz, deixando as duas meninas com medo e se espantarem.

—S-sim...—As duas dizem em sincronia, e correm para longe.

Rio da situação, e volto meu olhar para a loirinha, que se levanta e olha para mim, me dando um sorriso muito fofo.

—Muito obrigada, tia...—Diz um pouco nervosa.

—De nada, minha fofa!—Dou um sorriso para a pequena—Um conselho que eu te dou, e peço para que leve para a vida toda: Nunca deixe as pessoas te intimidarem. Nunca dê atenção para as besteiras que falam, e falarão de você. Assim como, nunca deixe de ser a menina que você é. Enfim, nunca mude seu jeito de ser, só para agradar as pessoas. A única que você tem que agradar, é a si mesma.—Digo com toda a sinceridade.

A pequena me olha com atenção, e acena com a cabeça positivamente.

—Qual é o seu nome?—Pergunto para a mesma.

O hacker e a garota imperfeita - DUSKWOOD Onde histórias criam vida. Descubra agora