{Uma boneca feita de vidro, E ela está prestes a quebrar |Grace VanderWaal }
Eu estava no terraço de meu prédio, abraçando meu próprio corpo e sentindo o vento gélido me abraçar também, bagunçando meus cabelos. Muita coisa havia acontecido hoje. Thomas e Cleo tentaram invadir o porão do aurora, e Jessy estava furiosa em um telefonema comigo quando foi atacada pelo homem sem rosto. Depois de atacar o homem sem rosto pegou o celular e ficou alguns minutos me olhando, deixando extremamente claro que ele havia feito aquilo para me atingir, e respirar se tornou difícil. Cada vez que eu inspirava era ainda mais dificil soltar o proximo folego, eu sentia que deveria descer e pegar minha bombinha, mas não me mexi. Observar a cidade era viciante. A floresta escura ao fundo e as ruas iluminada pelos postes, havia chovido, fazendo com que pequenas poças de água se formassem. Hoje também não havia sido um dia bom para Jake, eu observei seus olhos vermelhos mais cedo, quando cheguei do estágio, e não faço nem ideia se ele comeu alguma coisa. Seu semblante estava triste e quando eu ia conversar com ele o telefone tocou.
Fechei os olhos absorvendo o vento e respirei lentamente, tentando levar ar para meus pulmões traidores. Cacos de vidros paraciam estar em meus pulmões. Jessy não parecia machucada, mas tenho certeza que o psicológico dela edtava péssimo.
Fechei os olhos absorvendo o vento e respirei lentamente, percebendo que minhas mãos tremiam de leve, o fato de não terem me contato sobre essa invasão me deixou incomodada, e não vou negar que me senti excluída, mas provavelmente imaginaram que eu falaria à Jessy sobre isso. E eu provavelmente falaria mesmo. Cada vez mais eu confiava nela, ela era tão boa e fácil de conversar, eu sentia como se o peso diminuísse um pouco mais quando nos falavamos, talvez eu tentasse aprofundar o relacionamento agora que já confiava nela. ouvi a porta atrás de mim se abrir e não precisei me virar para saber que era Jake. Ele me abraçou por trás. E ficamos um tempo em silêncio, cada qual perdido em seus próprios pensamentos somente apreciando a vista. Com Jake eu tinha a mesma sensação de dividir o peso. Mas hoje, a culpa me dominava e o fardo em meus ombros estava excepcionalmente pesado, eu temia que começasse a andar igual corcunda com uma bagagem que só eu poderia ver.
- E se estivermos indo longe demais? - perguntei soltando o ar lentamente, e inspirando mais lentamente ainda, uma técnica que eu havia aprendido para momentos como esse era fechar os olhos e imaginar meu pulmão como se fosse um jardim com várias flores fechadas, e então eu puxava o ar para dentro e ao expirar, imaginava todas as flores desabrochando. Era bobo, mas ajudava e de quebra ainda acalmava meu coração acelerado. Respirei novamente e senti Jake apoiar o queixo em minha cabeça
- Quão longe é longe demais quando se trata da vida de alguém? - ele respondeu e meu peito afundou. Eu esperava que ele começasse a valorizar um pouco mais a segurança dos meus amigos quando se envolvesse mais com eles, mas Jake permaneceu frio e distante. E eu entendia a lógica dele. Quanto mais pessoas entram em sua vida, mais podem sair. Eu só não concordava com elas.
- É, você tem razão - Retruquei, mas na minha mente, longe demais era quando a vida de outras pessoas estão em risco. E eu e Jake estavamos ultrapassando o limite cada vez mais, eu conseguia sentir que algo ruim estava para acontecer. Só não sabia o que era. Eu acho que eu tenho aquele lance do sentido aranha de pressentir o perigo. Ou talvez fosse simplesmente a ansiedade descontrolada que corria por minhas veias e parecia tomar o meu corpo como um lar sem a minha permissão.
- Ela está bem - ele falou com a voz suave e nesse momento eu podia saber exatamente como seus olhos estariam. Frios e Vazios, tentando esconder tudo que estava sentindo. Jake fazia isso ultimamente, ele parecia um vulcão perto de explodir. Jake parecia Monte Vesúvio, e eu era a Pompéia abaixo dele. Será que a explosão seria devastadora o suficiente para me levar as cinzas? Bom, até lá eu preferia ficar e colher as belas flores que davam em volta do meu vulcão pessoal, observei o contorno escuro das florestas de Duskwood.
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We fall
FanfictionEm uma cidade pequena cercada por florestas sombrias e assustadoras, Luna Valdez e Jacob Chase encontram forças em sua amizade, mas quando Hannah Donfort desaparece deixando para trás somente o número de Luna, as coisas mudam um pouco para os dois...