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Por Bob

Atualmente

Observo Spencer tentando fritar um bife e franzo a testa. Esse negócio tá mais duro que um pedaço de pau.

_Cara, daqui vai - Digo empurrando ele para o lado- Conforme vai fritando você tem que ir jogando água e não é esse tanto de óleo não,  tá querendo fritar batata - Digo enquanto jogo um pouco de óleo da panela fora.

_ Nossa, você demoro pra oferecer ajuda. - Diz ele pegando um refrigerante da geladeira. Esse projeto de aborto se acha mesma. Escuto o portão sendo aberto e logo depois Thor entra na cozinha acompanhado de Carol. Minha doce e deliciosa Carol. Vejo ela colocar algumas coisas em cima da mesa e sorrir em minha direção. 

_ Thor vou ao banheiro - Diz ela saindo da cozinha. Assim que ela vai para o corredor, deixo a frigideira e vou atrás. Thor até quer falar alguma coisa, mas vejo Spencer fazer sinal de negativo. Fico ao lado do banheiro e escuto barulho da torneira e logo depois a porta sendo destrancanda.

- Que susto Bob. - Diz ela colocando a mão no peito. Belos peitos por sinal.
Respiro fundo e penso no que dizer, eu não falei com ela antes.

_ Você já vai pra casa? - Pergunto.

_ Vou sim. Tenho muita coisa pra organizar na casa nova. - Diz ela de forma reflexiva. 

_ Posso ajudar se quiser. - Digo e vejo ela ficar sem graça.

_ Não quero atrapalhar.  - Diz ela olhando para o lado, com certeza está rezando para que apareça alguém. Passo a mão em seu rosto e viro o mesmo em minha direção.  Tiro alguns fios de cabelo negro de seus olhos.

_ Você jamais vai me atrapalhar. - Ela fica em silêncio e finalmente concorda. Voltamos pra cozinha e vemos Thor e Spencer quase se comendo em cima da mesa. Bato palmas chamando a atenção dos dois.

_ Não tem quarto nessa casa?  - Thor só falta entrar por debaixo da mesa.

_ Estamos indo. Bob se ofereceu para me ajudar - Diz ela animada.

_ Ofereceu é? - Pergunta Spencer.

Sorrio e pego o capacete dela que esta em cima da mesa. Andamos para fora sendo acompanhados por um Thor enciumado e um Spencer sorridente.
Subo na moto e logo depois sinto ela coloca as mãos em meu ombro.

_ Vó qualquer coisa você pode me ligar.  Também tem o telefone do meu pai - Diz Thor cruzando os braços. Acelerou e começo andar pelas ruas, ela vai me explicando mais ou menos onde fica e não me deixa surpresa quando percebo que é perto do clube. Sim, todos moramos perto do clube é mais seguro assim. Paro minha moto e olho para a casa da frente, ela mora bem na frente da casa do Galã e Lee. Ela desce e eu a sigo. Ela abre a bolsa e começa a procurar algo, então ela abre o portão. Assim que entro olho para o lado  esquerdo e tem uma pequena horta, muito bem cuidado com placas escrito os  nomes.

_ Você gostou? - Pergunta ela.

_ Sempre achei interessante, mas não é pra mim. Parabéns muito caprichoso. - Digo, andamos por um corredor lateral que contém várias plantas. Ela deve gostar muito desse negócio de jardinagem. Ela abre a porta e tem várias caixas espalhadas.

_ Como pode ver não fizemos muita coisa.

_ Sua filha não vem te ajudar hoje? - Eu não gosto daquela Jessica. Ela fica me olhando de um jeito estranho.

_ Hoje não. - Diz ela. Percebo um leve tom de mágoa.

_ Vamos começar então. - Incentivo. Ela abre um grande sorriso e coloca a bolsa em cima do sofá. Começamos abrir as caixas e tirar alguns quadros e tapetes. Quando finalmente terminamos as  caixas que estavam na sala vamos para a cozinha. Na sala até que não tinha tantas, mas na cozinha.

_ Você gosta de cozinhar? - Pergunto enquanto tiro a jaqueta.

_ Adoro. - ela sorri

_ Se importa? - Pergunto pronto para tirar a camiseta.  Ela balança  a cabeça negativamente. Tiro minha camiseta e por alguns segundo vejo ela analisar meu corpo. Se isso me deixou feliz? Com certeza. Começamos a tira tudo de dentro da caixa. Realmente aqui tem tudo desde da panela de pressão até um  simples separador de gema.

_ Acho que depois de hoje mereço um jantar  como forma de agradecimento.

Ela olha para tudo que é canto daquela cozinha menos para mim. Me aproximo dela e coloco minha mão em seu queixo, fazendo assim ela olhar em meus olhos.

_ Um simples jantar - Diz ela fingindo não entender. Aproximo meus lábios dos seus e seguro seus braços. Desço minhas mãos por seu corpo e paro em sua cintura.

_ Não finja que não entendeu, Carol.  - Digo e aperto sua cintura. Ela abaixa a cabeça olhando para meus pés. Coloco a mão em seu queixo e levanto sua cabeça. 

_ Bob, você tem idade para ser meu neto. - Diz ela se afastando de mim. - É melhor você ir.

Não vou força a barra. Apenas pego minha camiseta e minha jaqueta.

_ Até mais, Carol.

Saio da cozinha e vou em direção a saída. Coloco minha camisa e por cima a jaqueta. Ela vai ser minha ou não me chamo Bob. 

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