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Por Carol

Depois que todo mundo foi embora, sentei no sofá e fiquei pensando na vida. Será que realmente estou fazendo o certo?

Quando estou quase dormindo escuto Jessica abrir a porta. Fecho os olhos e sinto uma mão passar em meu rosto.

_ Me perdoa mãe. Eu não queria fazer aquilo com Agatha. Eu não queria tratar a Sra. daquele jeito, mas eu estava com tanta raiva.

Continuo fingindo que estou dormindo. Sinto um beijo molhado em rosto e sei que ela estava chorando. Escuto passos e logo depois o barulho da geladeira sendo aberta  e logo depois passos.  Meu deus o que eu faço.

Os dias foram passado e Bob não ligo e nem veio aqui em casa. Uns dois dias antes da festa da Luna eu estava arrumando o quarto de Jessica e encontrei um jornal de baixo da cama. Peguei o jornal e vi que tinha vários anúncio com vagas de emprego circulado, mas um circulado em questão me chamou atenção. 

Casa de apoio para mulheres vítimas de violência.

Deixo o jornal no mesmo lugar que encontrei.

O dia da festa de Luna finalmente chegou. Vejo Bob entrar pelo portão acompanhado de mãe e do padrasto. Em um certo momento da festa nos olhos se encontram,  mas ele vira o rosto. Isso faz eu sentir uma grande tristeza. Vou em direção ao banheiro e quando vou abrir a porta ela se abre antes Rosangela estava saindo.

_ Oi Carol - Diz ela

_ Oi, tudo bem? - Pergunto e ela respira fundo.

_ Na verdade não.  Vou dar um conselho de amiga. - Diz ela - Não jogue suas frustrações em cima da Jessica. Você está punindo ela por nunca ter conseguido enfrentar seu pior medo que era o David. Porque a verdade é essa Carol, você nunca enfrentou o David. Quando Jessica começo a trata-la da mesma forma que ele você não soube separar as coisas. David fazia porque era mal carácter e um ser desprezível. Jessica estava apenas perdida.

Ela vira as costas e me deixa sozinha. Saio do banheiro e começo a procurar por Jessica. Vejo ela conversando com o pai de Olivia e vou até ela. Me aproximo dela e abraço seu corpo. No início ela não corresponde,  mas depois sinto seu braço.

_ Eu perdou você, mas preciso que me perdoe também. Ela apenas balanca a cabeça. Depois de alguns minutos nos separamos.

_ Vai atrás dele mãe. - Diz ela.

_  Não fiz isso por ele. Fiz porque te amo. Fiz por nós. - Digo e vejo as lágrimas rolarem por seu rosto.

_ Eu sei, mas quero que faça por você.

Então Bob sentado na escadaria da oficina. Ele está de cabeça baixa e é possível ver fumaça ao seu redor. Me aproximo dele e sento ao seu lado. Ele sabe que sou. Deito minha cabeça em seu ombro.

_ Você estava certo. - Digo e ele respira fundo de forma cansada. - Me desculpa.

Seu silêncio começa a me deixar  nervosa.

_ Carol vai ser sempre assim? Por eu ser mais novo vai sempre desconfiar do que sinto por você?  

Sua pergunta me pega de surpresa.

_Não Bob,  mas você tem que entender que você é bonito, jovem e inteligente. Sempre vou achar que você merece mais.

Ele se levanta e joga seu cigarro.

_ Então não estamos prontos pra isso.

The Brothers Mc: ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora