— Já se esqueceu de mim, Dimie?
Dou um passo para trás, recuando. Já não sabendo se minha mente está a brincar comigo, ou se enlouqueci de vez.
— E-Eu te vi enforcado! — Bradei, mesmo que segurando a vontade de correr até ele e abraçá-lo.
— Sorte que o diabo nunca perde a cabeça, não é? Já estava na hora de você aparecer, cinzinha.
— Por que me queria aqui? O que está acontecendo, Chase?
— Dimitri... há duas regras básicas sobre o ocultismo. Você enfrenta seus demônios ou morre... me parece que chegou a sua vez de pôr um fim nisso tudo ou morrer tentando.
A mensagem!! A mensagem foi dele, caralho!!!
Ele se aproxima, me fazendo dar passos para trás. Ainda não consigo acreditar que estou com medo de meu melhor amigo.
— Isso me lembra do seu pesadelo... o que me contou aquele dia... em que eu te trancava na casa da mata...
— Aquilo, foi real?
Encosto na parede.
— Talvez tenha sido...
— Você consegue me fazer ter alucinações?
— Consigo fazer bem mais do que imagina. Mas na verdade, aquilo foi uma visão sua. Você tem mais poder do que imagina, Conrad Parker.
Ele levanta a faca que está segurando, passando a parte não afiada no meu rosto.
— Qual é o seu problema? Você era o meu melhor amigo!
— Ah, era? Então não usa mais o colar? — Hesito em responder. — Foi o que eu pensei.
— Se o seu problema é comigo, por que foi atrás do Ryan?
— Não o matei... deveria ter feito, teria sido bem mais divertido... mas a real razão é que... para te descontrolar totalmente, eu precisava machucar alguém que você ama...
— Seu desgraçado!
Seguro os braços do garoto e o deito no chão, segurando seu pescoço. Não acabo por filtrar a raiva e acerto seu rosto com meu punho fechado.
Ele vira para mim, o nariz escorrendo sangue.
A lâmina de sua faca é pressionada contra a minha garganta.
— Vamos ver se você é realmente tão poderoso assim, Parker.
— Não me chame de Parker! Eu sei o que você fez! Eu vi seu telefone, porra!
Ele inverte as posições, conseguindo ficar por cima de mim.
— Vampirinho do caralho! — Brada, puxando a gola de minha camisa, antes de me fazer bater a cabeça no chão.
Tonteio por ser meu ponto vital.
— Chas... — Minha voz sai baixa.
— Não! Não vem com isso para cima de mim, seu... seu... — Ele não acha a palavra, então apenas me dá um soco.
Sua raiva crescente aumenta. Os chifres aparecem, vermelhos como os de Lúcifer. Seus olhos já estão demonstrando sua insanidade.
Ele pega a faca e a levanta. Agarro a lâmina, cortando minha mão, fazendo força para que ele a mantenha longe de minha cabeça.
Se eu vacilar, eu morro... nunca achei que morreria para meu melhor amigo.
Seu corpo está me submetendo a permanecer no mesmo lugar. Meus olhos ganham a tonalidade de vermelho-sangue, quando eu perco totalmente minha paciência.
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A Paixão do Imortal 2: Sombras Retornam
VampireA vida de Parker desmorona diante de seus olhos por tragédias e desavenças que insistem em segui-lo. O grupo permanece unido mesmo após a faculdade, trabalhando todos juntos, na empresa de Ryan. Tanto os Conrads quanto os outros acabam se surpre...