Céu

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Todos os bons garotos vão para o céu, mas os garotos malvados trazem o céu a você...

... Já está na hora de voltar!

Abraço Callie.

  — Você vai voltar? — Pergunta ela.

  — Não se preocupe.

  — Adeus, irmãozinho...

  — Adeus, irmãzona...


  Paro na frente da mansão. Sinto-me como da primeira vez que estive diante destas grandes portas. Uma lembrança de Ludovica abrindo as portas e me encarando com ar de intimidação vem à minha mente, me causando um riso involuntário.

  Suspiro, antes de abrir uma das portas.

Lar doce lar...

  Tudo permanece da mesma maneira, tirando o fato de que Melanie não está lendo em sua poltrona ao lado da lareira, como sempre.

  Subo as escadas e bato na porta do quarto da loira.

  — Dimitri, faz tempo que não te via...

  — Precisei de um tempo para pensar, mas já estou de volta.

  — É bom te ter... Aqui! É bom te ter aqui, de volta...

  Acabo por soltar um riso baixo. Como de costume, Melanie e os flertes — bem indiscretos — dela.

  Saio de seu quarto e abro a de Lucas, fazendo o menino se assustar, desligando o monitor de seu computador.

  — Seu porra!

  — Não é segredo que tu vês PornHub.

  — Shiu! Eu estava... estudando. Tenho prova esta semana.

  — Sobre 34 + 35?

  — Cala a boca!! Eu entendi o que quis dizer com isso, idiota! Ei, onde estava??

  — Só tirando um tempinho longe do mundo real...

  — Já fiz isso uma vez. Fiquei duas semanas com o telefone desligado e longe de casa.

  — É bem a sua cara. Ryan está no trabalho ou já voltou para casa?

  O pequeno dá de ombros.

  — Acho que ele está no quarto. Juro que ouvi ele reclamando com alguém, provavelmente no telefone.

  — Okay. Boa diversão...

  — Te fode!!! — Ele berra, jogando uma urso de pelúcia em mim, porém fecho a porta antes que me atinja.

  No corredor, olho para o quarto de Ludovica e penso em conversar com ela, porém hesito e bato na porta de Ryan, ouvindo-o resmungar entra, de dentro do cômodo.

  — Dimitri? — Pergunta, me vendo encostado em sua porta. — O que faz aqui?

  — Voltei...

  Ele levanta e rapidamente me puxa para um abraço.

  — Não sabe o quão preocupado fiquei... você não parecia nem um pouco bem e claramente não estava se cuidando!

  Ouço um soluço baixo.

  — Não quero que chore!

  — Eu senti tanto a sua falta... achei que não voltaria.

  — Eu sempre volto, Ry. Vocês são minha família.

A Paixão do Imortal 2: Sombras RetornamOnde histórias criam vida. Descubra agora