Um Chefe Intenso

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  Abro meus olhos. Não consigo nem forçar um sorriso.

Agh, eu não estou nem um pouco a fim de trabalhar hoje... merda de manhã de segunda-feira!

  Faz dois dias que Ludovica morreu. Não consigo tirar a imagem da minha cabeça, e todas as vezes que fecho meus olhos, consigo ouvi-la resmungando algo que não consigo ouvir. Os pesadelos realmente estão começando a me deixar apreensivo.

  Levanto da cama.

Vamos, seu cegueta de merda, você precisa ir trabalhar!

  Entro embaixo do chuveiro e suspiro.

Por que isso precisava acontecer? Não bastava ela perder a memória?!

  Ajeito minha gravata, olhando para o espelho.

Até que ser metade bruxo tem suas vantagens, agora que meu corpo se adaptou por completo. — Penso, por conseguir ver meu reflexo.

  Saio do meu quarto e quando entro na cozinha, vejo algo em cima da mesa.

  — Mas o quê...

  Pego o papel, vendo uma pata de coruja.

Loonie Conrad...

  Olho para o balcão, vendo um pirulito vermelho em cima do mesmo.

  — Obrigado por tentar, Loonie.

  Solto um sorriso, mesmo que forçado.

  Fecho meus olhos, sentindo uma pontada em meu peito.

Vamos, Parker!

  Pego o pirulito e saio de casa, entretanto volto para pegar a chave do carro, que eu havia esquecido.

  O percurso de minha casa até a Conrad Enterprises Holdings, Inc. não deixa de ser longo e depressivo, graças ao tempo de chuva. Não demora para gotas de água começarem a cair, ficando mais fortes.

Maldita garota! Por que ela precisou me morder? Eu ainda iria poder me encontrar com ela algum dia...

  Suspiro, apertando o volante.

  Meu telefone vibra. O olho. Imaginei...

  — Não vou respondê-lo agora, estou dirigindo! — Reclamo, prestando atenção na rua.

  Demora alguns longos minutos até que eu estacione na frente da empresa. Desço do carro e vejo Greg descer de seu.

  — Dimie, tudo bem? — Pergunta ele, andando até mim.

  — Não.

  — E quer falar sobre isso?

  — Não há muito o que dizer, Greggy. Eu... ela... a Ludovica... droga!

  Cubro meu rosto com uma das minhas mãos.

Gregory me abraça.

  — Ela não te desculpou?

  — Richert, ela morreu.

  O garoto fecha seus olhos, pressionando seus lábios um no outro.

  — Puta merda.

  Ele me aperta contra seu corpo, enquanto eu soluço.

  — Calma. Eu estou aqui, e sempre que precisar vou estar!

  — Por que todos que eu amo me deixam??

  — Isso não é verdade.

  — É, sim! Primeiro foi o Chase, e agora a Ludovica...

A Paixão do Imortal 2: Sombras RetornamOnde histórias criam vida. Descubra agora