Quarto Negro

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  Ouço a porta atrás de mim ser fechada, me causando um arrepio.

  Antes que eu possa olhar para trás, Ryan me segura.

  — Ei, me solte, cacete!

  — Você está com uma boca muito suja.

  — Eu sempre tive!

  — Já faz um tempo que eu quero te trazer aqui, coleciono armas desde que me mudei para esta casa..., mas a minha área favorita é esta aqui.

  Ele me deixa abaixo de uma grade.

  — Ryan, eu não sou do tipo que gosta de levar tiros, porra!

  — Pare de ser agressivo.

Isso é delicioso... e tão libertador...

  Ele puxa os botões de minha camisa, a tirando, antes de algemar minhas mãos e as prender na grade, deixando meus braços levantados acima de minha cabeça.

  — Não gostei disso!

  — Quem disse que é para você gostar? — Pergunta, o tom de voz mais rude.

  — Depois, eu sou o grosso...

  — Se você não calar a boca, eu mesmo vou!

  — Irá me calar de qualquer jeito, Ry. — Digo, o provocando.

  Minha visão fica inútil, quando Ryan tira meus óculos.

  — Ah, não! Me devolva isso!!

  Ele cobre meus olhos com uma faixa preta.

  — Ryan, eu te odeio!

  — Eu sei.

  Ele tira minha calça, junto com minha boxer. Tento puxar meus braços para baixo, querendo cobrir meu corpo.

  — Está com vergonha, é?

  — Vai se foder!

  Ouço apenas a risada atraente do garoto alto.

  — O que pretende fazer? — Pergunto, me sentindo exposto à uma multidão.

  — Você sentirá.

  Sinto algo encostar em meu ombro.

  — O que é isso??

  Ryan ri novamente, antes de bater o objeto em meu ombro, me fazendo perceber ser uma pequena corda.

  — Doeu?

  — Não.

  — Às vezes, a dor que sentimos, está apenas no medo e ansiedade...

  Ele bate a corda com força em minha bunda.

  — Filho de uma puta! — Berro.

  O garoto começa a rir.

  — Mas às vezes, não.

  — Ryan Conrad, se você fizer isso de novo, eu vou...

  — Eu nem bati forte.

  — Eu estou vendado! Você me assustou, e doeu mesmo assim, seu idiota! Hm... tira isso do meu rosto, por favor!! — Imploro.

  — Gosto de te ver implorando. — Ele segura a minha cintura. — Você tem uma cintura tão perfeita...

  Ele passa suas mãos pelo meu corpo que logo se arrepia.

  — Ryan, por favor!

  O mais velho me segura em seu colo, me fazendo rodear seu quadril, com minhas pernas. Puxo as algemas, tentando me soltar da grade, falhando novamente.

A Paixão do Imortal 2: Sombras RetornamOnde histórias criam vida. Descubra agora