Vampiro Mortal

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Aquilo estava mal. Estava mal de verdade.

— Ryan, sai daí. Isso não vai trazer o Greg de volta!

Ele havia se trancado em seu quarto. A única coisa que fazia era se exercitar e espancar o saco de pancadas.

Vão embora!

Olhei para Ludovica.

— Ele não vai mudar de ideia, mas eu tenho uma. O que acha de ir brincar na chuva para animar seu astral?

— Você sabe que eu amo chuva.

— E faz tempo desde a última vez.

Corremos para fora da mansão, rodeando a fonte de água, rindo. A chuva estava ficando mais forte e por algum motivo, senti como se meus pulmões ardessem.

Parei de me mover por um curto tempo, respirando fundo, notando a sensação indo embora.

O que está havendo? Primeiro eu desmaio de cansaço depois de ter transado só mais de três vezes... e agora precisei de oxigênio??

— Tudo bem aí, Parker?

Voltei à realidade, mirando seus lumes que estavam em um tom de verde azulado.

— Tudo, eu só  — um espirro interrompe minha resposta. A pior informação... foi que o espirro veio de mim.

Ludovica me olhou com certa preocupação.

— Por que você espirrou?

— Eu não faço a menor ideia. Eu estou me sentindo bem esquisito ultimamente.

— Esquisito?

— Às vezes, eu ando agindo como um mortal...

— Dimitri, um vampiro não pode ficar doente. Pelo menos não depois do ritual, é literalmente impossível.

— Eu também achava até me sentir exausto depois de algumas horas transando, precisar respirar por estar com os pulmões ardendo e agora, espirrar por estar encharcado e ainda embaixo da chuva.

— Aí... talvez seja bom nós entrarmos. Se você realmente está começando a sentir essas coisas, é melhor nós prevenirmos o pior.

— E o que seria pior?

— Um coração sendo obrigado a bombear sangue...

— Agh, não! Eu prefiro evitar voltar para esse sofrimento.


Ludovica tinha me obrigado a ficar em repouso. Me senti da mesma forma que fora quando adoeci no meu primeiro ano aqui.

Abri meus olhos ao ouvir algo. Minha esposa estava agachada ao lado da minha cama.

— Eu te comprei alguns remédios... mesmo ainda achando isso surreal.

— Eu sou defeituoso, não sou?

— O quê? Claro que não! Não diga idiotices, meu amor.

— Você mesma disse que um vampiro não pode ficar doente...

— Okay, talvez você possa ficar doente, pois bruxos não tem a imunidade de vampiros. Não se esqueça de que você herdou isso de sua família.

Suspirei, irritado.

Ludovica me olhou por um tempo.

— Por que está me olhando assim?

Ela acariciou meu rosto com sua mão. Logo, estava próxima à mim.

— Você vai pegar a minha gripe.

— Não tenho como ficar gripada, e se ficar, não me importo.

— Quando você dá uma de romântica é muito esquisito.

— Pensei que estivesse se acostumando.

— Nunca.

— Não gosta?

— Gosto da minha Ludovica. Sem filtros. Sem outra personalidade. O pó de encolhimento faz as pessoas virarem o oposto do que são?

— Não.

Ela subiu em cima de mim, me assustando.

— Ei, o que foi agora?

— Estou sendo eu mesma.

— Ah, você mesma, é?

— Sim, alguém que não resiste olhar para você por muito tempo e não ter você para mim...

Soltei um riso baixo.

Os beijos distribuídos pelo meu rosto eram calmos e carinhosos.

— Meu amor, eu estou com a temperatura alta demais.

— Só vou deixá-la um pouco mais elevada.

Ela desabotoou a parte de cima do meu pijama.

Não deveria me importar se estou com febre... como se mata algo que nem vivo está?

Ludovica acariciou meu torço, descendo alguns beijos pelo meu corpo.

— Eu quero te tocar... ainda está nervoso pela febre?

Desviei o olhar.

— Não.

— Tem certeza?

Eu quero.

Sua mão desceu lentamente pelo meu corpo, me deixando arrepiado. Minhas calças logo foram puxadas para baixo, juntamente com a minha roupa íntima.

Ela juntou nossos lábios, sua destra me envolvendo de forma viciante. Seus movimentos lentos eram prazerosos e eu não conseguia evitar de gemer vez ou outra.

Deitei a cabeça para o lado, enquanto ela descia seus beijos. Senti meu corpo fervendo. Sua língua me abraçou, me obrigando a fechar os olhos, arfando alto.

Ah, vamos lá, Parker... recomponha-se!

Estremeci ao chegar no meu limite. Não demorou para que Ludovica me olhasse.

— Se sente bem?

— Estou, sim.

Fiz com que ela deitasse ao meu lado, a beijando.

— Tem certeza de que quer fazer algo a mais do que isso?

— Já que vai me obrigar a descansar, pelo menos me faça relaxar sentando em mim.

Ela riu, apenas se pondo em meu colo, sem nem se dar o trabalho de remover a saia.

— Desce devagar.

— Relaxa, fraco.

— Não me faça te pôr por baixo!

Ludovica revirou os olhos, fazendo o que eu pedi de início. Subi minhas mãos pelas suas pernas, as deixando presas em suas coxas.

— Preciso ficar nessa velocidade?

— Não se esqueça de que eu não posso fazer muita força.

— Ainda vou descobrir o que aconteceu com você.

— Tudo bem por mim, desde que não seja agora porque mesmo nessa velocidade, está conseguindo ser bem gostoso.

— Realmente não posso negar.

Fechei meus olhos, aproveitando a sensação relaxante.

Parece que nem tudo feito com raiva é melhor...

A Paixão do Imortal 3: Vidas DestruídasOnde histórias criam vida. Descubra agora