A Paixão do Imortal 3: Vidas Destruídas

Silêncio Mortal

Virei para meu irmão.

— Ficou bom?

— Por que não se olha no... deixa quieto. Ficou, sim.

— Certeza? Quero estar apresentável já que é a primeira vez que vou conhecer os Weaver.

— Está pronto? Uau... você ficou muito bonito — disse Ludovica.

— Obrigado, meu amor. Seus irmãos estão prontos?

— Melanie está terminando e Lucas está esperando na sala.

— Todos prontos? — Dessa vez, Melanie que entrou em meu quarto.

Sentei em minha cama, olhando para Benjamin após Ludovica e Melanie saírem lado a lado.

— Certeza de que não quer ir?

— Absoluta.

— Vamos, Parker! Hm... essa calça ficou bem em você...

  — Eu sei. — Ela me olhou por um momento. — O que foi? Quer sentar aqui? — Perguntei, apontando.

— Talvez na volta.

— Não me faça imaginar, eu preciso estar lúcido nesse jantar.

Fizemos uma "viajem" até chegar à casa dos Weaver e aquele estava sendo definitivamente o jantar mais entediante que já fui.

Já estávamos lá há um certo tempo e eu nunca fui muito de gostar de jantares muito longos.

  Ludovica se aproximou.

  — Te recompensarei quando chegarmos em casa.

  — Obrigado. — Sussurrei de volta, afinal, fora ela quem me obrigou a vir. Eu tinha mudado de ideia e já havia avisado Melanie que não iria vir junto, mas de última hora, Ludovica me convenceu.

  Coloquei minha mão em sua coxa, porém, mas não mexi, apenas acariciei ela com meu polegar. Não demorei para ver a garota sorrir.

  — Não colocaria minha mão aí, se fosse você.

  — E por que eu não colocaria? Sabes muito bem que não há nada aqui que eu não conheça.

  Ela me fez subir minha mão. Tentei segurar minha expressão surpresa, sentindo-a sem calcinha.

  — Surpresa... — Sussurrou ela, parecendo satisfeita.

Ri baixo.

  — Quando eu penso que você não me surpreende mais...

— Eu sabia que você ficaria entediado.

Enquanto Melanie e alguns integrantes da família Weaver conversavam, eu e Ludovica levantamos, antes de começarmos a dançar a música lenta que estava tocando. Um casal ao nosso lado estava fazendo o mesmo.

Minha cabeça pareceu girar por um momento. Algo em mim me obrigava a ficar quieto sobre o que eu fazia praticamente todas as madrugadas no porão e também sobre o que eu tinha presenciado nele, ontem.

Aquilo estava me deixando paranoico. Eu havia começado a ver Callie com mais frequência. Aquilo não acabaria bem e eu sabia que se ela continuasse a aparecer, eu a mataria pela segunda vez...

Porém dessa, eu iria garantir que ela nunca mais saísse de debaixo da terra...