Até sermos um.

Reticências

A cadeira estava apoiada sobre os pés traseiros enquanto as pernas eram impulso para balançar, o olhar focado na vista dada pela cidade eram todas coisas para se notar todavia aquela paisagem cheia de elementos divididos em vários nichos e um céu tão lipido intensificava um certo mormaço deixando o tempo escorregando lentamente, mesmo assim não era nada disso era o que prendia Uchiha Sasuke naquele assento e sim a reviravolta que acabará de acontecer na sua vida: a perda do rinnegan.

"Sinto muito Sasuke-sama..." - o médico dizia lamentando por não poder fazer nada. Enquanto o moreno mantinha a calma, tendo ao seu lado sua esposa que ficou cabisbaixa mediante a tal notícia.

"Está tudo bem, um bom ninja luta com as armas que tem" - obviamente o olho dado por Hagoromo facilitou exponencialmente a vida de Sasuke e na conclusão de suas missões. Esse olho permitiu analisar cada pista, enfrentar cada oponente e achegar-se a sua redenção. Mas não seria a primeira vez que o maduro Uchiha passaria por uma provação desse porte: desafios, perdas, sacrifícios acompanhavam o nome e legado do clã.

Naquela posição insegura focado em devaneios procurando resignação, percebendo qual seria seu ponto de partida por onde poderia continuar. Pensará no quanto já fora impaciente e  resmungão por não compreender que os desafios fazem parte da maturidade e que buscar a leveza em meio as tempestades ajuda a manter a sanidade fazia quase trinta e três anos que o moreno treinava esse mântra tinha dia que fluía em outros ele "chutava o balde". Em suas interações com a filha  causou confusões na cabeça dele o fazendo pedir conselhos a Kakashi , porém depois do fiasco do "amendoim fofinho" ele percebeu que os dez anos que passaram não poderiam ser resgatados mas que daquele ponto em diante seguiria em frente com o novo papel de pai presente; pois a frase dita pela pequena naquele templo:

"Você não reconhece nem sua própria filha" - isso doeu muito mais do que a dor que estava sentindo no seu olho agora. Ele decidiu que conheceria sua filha em todos os aspectos, descobria seus sonhos e se tornaria rede de apoio para realizar. As missões ainda tornavam suas visitas em casas rápidas, todavia ele as fez com mais frequência e dividia o tempo entre seu papel de pai, marido e também sensei do pequeno Uzumaki.

"Depois de tanta procura aqueles malditos Otsutsuki tinham que usar justo o Boruto como receptáculo? " - o flash da kunai se afundando em seu olho ainda o faziam suar em dor e desespero. Instintivamente ele apertava os dente e fransia o cenho do rosto deixando a raiva o queimar dando uma bela chutada no balde. Ele se tornou até mais receptivo ao novo protegido e depois dessa luta pesada que o deixou sequelado e assim mergulhado nessa lembrança ele não percebeu que alguém se aproximava até que ouviu o batido na porta.

-Papa?

-Sarada! - Ele tirou os pés da sacada fixada na menina que era sua cópia exata com as pitadas de gentileza, determinação e brandura vindas de sua mãe.

-Você está bem? - ela questionou ao ver a expressão desenhada no rosto do mais velho.

-Sim estou.

-Você poderia descer por favor? Gostaria de te mostrar uma coisa.

-Hai. - a menina foi na frente a palpitação era sentida de longe fazendo seu pai ficar curioso sobre o que lhe seria aprensetado. Quando chegou na sala deparou com uma jovem moça com cabelos cumpridos mas uma feição familiar deixando o embasbacado ao reconhecer aquela figura:

-Sarada Tanaka?

-Sasuke-sama!

-Vocês se conhecem? - perguntou a outra.

-Sim. Tempos atrás eu passei na Aldeia de Sarada e os pais dela me hospedaram.

-Eu tenho esse nome por causa dela? - Sasuke não queria admitir mas...