Até sermos um.

Festividades e fogos de artifício

Fazia alguns dias que Sasuke havia partido da casa nos Tanaka, deixando um rosto infantil decepcionado, seu coração sentia certa tristeza por estar partindo aquele lugar, aquela família e aquela menina me despertaram o sentimento que há muito tempo havia sido esquecido. Seu coração se começou a ficar escuro, quando banhado em sangue ele viu seus pais mortos e ficou mais inebriado quando descobriu o quanto Itachi tinha sacrificado por "um bem maior".

-Eu deveria ter te falado, esse foi meu erro.

-Não importa o que fará daqui pra frente niisan ,eu sempre te amarei.

-Também sempre te amarei, irmão. Obrigado por tudo. Em momentos de solidão ele se permitia chorar sentir o luto pela perda, pela culpa , pela confusão. Garu riscava o firmamento causando no moreno pitadas de inveja pela simplicidade de sua existência, ele então pegou o rolo de pergaminho e leu as instruções novamente, quando mergulhou na lembrança da última festa que havia comemorado:

-Hoje é Natal, Sasuke-kun! Trouxe essa caixa de chocolates pra você.

-Hn! - agradeceu singelo com a cabeça. - não deveria estar com outra pessoa?

O Natal era uma época de dar presentes principalmente os de cunho romântico e quem tinha crianças comprava bolos temáticos e decoravam a casa de forma simples.

-Meus pais adoram o Natal pra ficarem sozinhos. - ela revirou os olhos imaginando o que seus pais estariam fazendo quando sacudiu a cabeça jogando aqueles pensamentos para bem longe.

-Eu trouxe esse bolo aqui com massa branca e recheado com nozes.

Mal sabia ela que era um dos favoritos dele,pois o sabor lhe trazia lembranças afetivas felizes; todos em casa sentados a mesa partilhando desse bolo, num desses dias ele lembra do dinossauro verde que ganhou do seu irmão. As palavras transformaram-se em lágrimas, escorrendo pelo rosto alvo quando as orbes verdes foram encontradas pelos pares bicolores quando o único braço num impulso a puxou pra mais perto a abraçando com ternura e gratidão. Ele não importava com norma nenhuma, ele não sabia se voltaria a ser chamado de ninja algum dia... a respiração pesada foi solta e toneladas que estavam sobre seus ombros de repente ficaram leves. Partilhar era bom... Era isso que o Natal significava.

-Sakura. - ele bradava pra si próprio. Ele sentia falta dela, os dias de distância não apagaram o que ele sentia por ela. Ele lutou anos mas só conseguiu guardar ela no fundo de seu coração ❤️. Só ela era capaz de acalmar os monstros que o rodeavam. Passeando pelos momentos que viveram juntos  ele decidiu ir aos Festival dos Fogos e só de imaginar que iria vê-la explosões palpitavam em seu âmago agora aquecido.

A primeira parte do plano era se instalar em alguma pousada perto da vila,chamando atenção necessária. E assim tomado pela loucura ele decidiu deixar rastros, e assim que amanheceu caminhou por uma vila perto. Achou plantas interessantes e viu sobre um "solo" milagroso e como da primeira vez escreveu sobre ele e endereçou a rosada. Não se escondeu entre as sombras  fazendo questão de falar seu nome, ele decidiu pegar um mapa que marcava todas as pousadas vendo qual seria a melhor para por o plano em ação. Ele daria entrada na pousada no dia do festival e colocaria um clone para andar pela vila, enquanto ele viajava pelo seu Rinnegan.